quinta-feira, 20 de março de 2014

O sentido das palavras


PCP: Seguro está numa "contradição insanável", diz Jerónimo

O secretário-geral do PCP afirmou hoje que o líder socialista está numa "contradição insanável", comentando o encontro da véspera entre António José Seguro e o primeiro-ministro e presidente social-democrata, Passos Coelho.


Passos Coelho convocara Seguro para um encontro, que durou três horas, na residência oficial do Chefe do Governo, em São Bento, e o líder do maior partido da oposição garantiu existirem "divergências insanáveis" relativamente à estratégia orçamental para o país.
"Era bom que explicitassem como querem resolver este problema de estarem com as medidas que condicionam a nossa soberania orçamental e, depois, dizem que há divergências com o Governo, que também está de acordo com esses parâmetros e regras que nos espartilham", continuou o líder comunista.
Para Jerónimo de Sousa, "não ficou claro, nessa conversa longa, onde se entendem e onde se desentendem".
"Uma coisa percebemos, o PS quer ser Governo. Não sabemos é que política defende. Há divergências insanáveis em quê? Por exemplo, no Tratado Orçamental? Estamos condicionados por esses instrumentos que o PS também aprovou", disse.
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Há "modas" linguísticas que contrariam o sentido das palavras.
Havia uma contradição evidente com a palavra irrevogável, agora há outra contradição também evidente, também gritante - insanável!
E temos os irrevogáveis que (se) revogam e os insanáveis que (se) vão saneando.
Tudo isto parece irrevogavelmente insano.
Tem de ser revogado em nome da sanidade.

quarta-feira, 19 de março de 2014

As boas intenções de Michel Barnier e da Comissão Europeia a propósito dos bancos


A Comissão Europeia publicou uma proposta de reforma da acção dos 30 estabelecimentos bancários europeus mais importantes. 

Tal proposta (a cujo conteúdo não será estranha a proximidade de eleições) não agradou aos bancos. 

Mas na verdade não têm grandes motivos de preocupação. 

Não é a Comissão Europeia quem manda nos grandes bancos. 

É o grande capital quem manda na Comissão Europeia.

terça-feira, 18 de março de 2014



Inés Guzmán:

«Caracas, 14 mar (EFE).- O governo da Venezuela voltou a colocar nesta sexta-feira no centro de suas críticas os Estados Unidos, para acusá-los de aprovar a violência nos protestos que explodiram há um mês, em um dia em que as manifestações perderam intensidade em praticamente todo o país.

O presidente, Nicolás Maduro, e o chanceler, Elías Jaua, atacaram o governo de Barack Obama em geral e o secretário de Estado, John Kerry, em particular, depois que nas últimas jornadas se tivessem repetido as críticas de funcionários nesse país e enquanto o Congresso americano estuda sanções contra o país sul-americano.

"Os Estados Unidos assumiram a liderança aberta da derrocada do governo da Venezuela, assim é, o governo dos EUA neste momento é refém das políticas do lobby republicano e do lobby de direita de Miami", disse Maduro em entrevista coletiva.

O presidente acrescentou que é "evidente" a participação dos Estados Unidos porque "há um sem número de declarações de ameaças de sanções de ameaças de intervenção, houve lobby como não se via há não sei quanto tempo".

Pouco antes, o chanceler venezuelano, Elías Jaua, responsabilizou diretamente Kerry como o "principal encorajador da violência" no país, chamando-lhe de "assassino" do povo venezuelano.

"Não vamos baixar o tom, denunciamos o senhor como assassino do povo venezuelano, o senhor Kerry, não vamos baixar o tom a nenhum império até que vocês não ordenem a seus lacaios na Venezuela cessar a violência contra o povo", disse Jaua de forma dura em um ato de homenagem ao falecido líder Hugo Chávez.»

segunda-feira, 17 de março de 2014

Um escândalo silenciado: O Programa dos Estados Unidos para a deserção de Cooperantes médicos cubanos


A solidariedade cubana prestada a outros países através da deslocação de dezenas de milhares de médicos e outros profissionais de saúde constitui um dos mais notáveis exemplos de internacionalismo do nosso tempo. 

A essa incomparável acção humanitária o imperialismo responde com os mais rasteiros métodos mafiosos.

domingo, 16 de março de 2014

Catherine Ashton: Vítima do sistema de ensino superior de Bolonha


As raízes do processo de Bolonha remontam a tempos antigos e reflectem a necessidade de os impérios europeus educarem cretinos para preencher cargos nas estruturas governamentais. 

Desde então, o sistema de ensino Bolonha tem vindo a ser modernizado. 

Por exemplo, antes do início da guerra da informação, os formandos não escondiam as suas capacidades intelectuais. 

Actualmente, aprendem a fingir-se surdos, mudos, sujeitos a demência temporária e a pensamento incoerente; tudo isso faz com que eles adquiram as características de lutadores experientes e capazes a fim de defender os valores democráticos e as liberdades. Presentemente afinaram na perfeição tais competências especiais.

Ver o artigo completo de Dmitriy Sedov no Resistir.Info

sábado, 15 de março de 2014

Luta de massas e nada de aventuras


Uma análise sumária dos resultados das recentes eleições na Colômbia. 

Com uma taxa de abstenção próxima dos 60% e com os candidatos da União Patriótica obrigados a conduzir a sua campanha à margem do poder mediático dominante e sob a constante ameaça, repressão e agressão do poder militar e paramilitar.

Ver o artigo completo de Alberto Pinzon Sanchez  no ODiario.Info

sexta-feira, 14 de março de 2014

A promover o império da América: Golpe, pilhagem e duplicidade

O regime Obama, em coordenação com seus aliados serviçais, relançou uma virulenta campanha de âmbito mundial para destruir governos independentes, cercar e finalmente subverter competidores globais, e estabelecer uma nova ordem mundial centrada nos EUA-UE. 

Prosseguiremos com a identificação dos "ciclos" recentes da construção do império estado-unidense; os avanços e recuos; os métodos e estratégias; os resultados e perspectivas. 

Nosso foco principal é na dinâmica imperial que conduz os EUA rumo a maiores confrontações militares, até e incluindo condições que podem levar a uma guerra mundial. 

quinta-feira, 13 de março de 2014

UCRÂNIA: IMPERIALISMO SAQUEIA 40 TONELADAS DE OURO

A pilhagem da Ucrânia intensifica-se em ritmo alucinante. 

Sexta-feira à noite, dia 7 de Março, um avião misterioso decolou do aeroporto de Boryspil com 40 toneladas de ouro. 

Essa quantidade corresponde às reservas do Banco Central da Ucrânia. 

Do golpe de estado em Kiev saiu um governo apoiado pelos EUA e integrado por neo-nazis. 

Ele está agora a pagar a factura ao imperialismo. 

Está-se a ver a "libertação" que as potências ocidentais oferecem ao povo ucraniano. 

A notícia está aqui .

Publicado no Resistir.info.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Desmontar a propaganda mentirosa de Passos & Portas

Está em curso uma gigantesca operação de propaganda do governo, com o apoio dos grandes media, e com a participação de muitos comentadores com acesso fácil ou instalados nos media, visando convencer a opinião pública, de que “o pior já passou”, e que a economia portuguesa está numa fase de recuperação e crescimento. 

Um embuste de tal dimensão só pode ser argumentado manipulando previsões, empolando dados e escondendo os que não interessam.

terça-feira, 11 de março de 2014

Um Portugal com futuro, numa Europa dos trabalhadores e dos povos

)

Intervenção de João Ferreira, 1º Candidato da CDU às Eleições para o Parlamento Europeu, Lisboa. 
Apresentação da Declaração Programática Eleitoral do PCP para as Eleições para o Parlamento Europeu

domingo, 9 de março de 2014

A não esquecer nas eleições de 25 de Maio

Afirmar isto é dizer que a vontade do povo não conta, que as eleições são um faz-de-conta e que a democracia é uma palavra oca, vazia e inútil.

Punblicado no o tempo das cerejas.

sábado, 8 de março de 2014

A propaganda domina os noticiários

É sabido que nos tempos que correm não há ofensiva imperialista que não seja acompanhada de uma campanha global de propaganda, desinformação, manipulação e mentira nos grandes media. 

 É o que está a suceder mais uma vez no caso da Ucrânia, entre outros exemplos actuais.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Manifestação das forças de segurança


Mais degrau menos degrau, o que importa é isto: 
grande descontentamento, poderosa manifestação

Publicado no o tempo das cerejas.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Mais ricos mais ricos! Quantos mais pobres mais pobres?


e 1,1 milhões de portugueses
sem médico de família!
além do resto...

Publicado no Anónimo Sec XXI.

segunda-feira, 3 de março de 2014

VITÓRIA DO POVO CIPRIOTA

Chipre derrotou as privatizações imposta pela UE. 

Sexta-feira, 28 de Fevereiro, o Parlamento de Chipre – após enormes manifestações populares – recusou-se a autorizar as privatizações selvagens impostas pela Troika. 

O plano de privatizações de três grandes empresas públicas teve 25 votos contra dos comunistas (AKEL) e outros partidos democráticos, 25 votos a favor e 5 abstenções. 

O plano de privatizações era um elemento chave do acordo com o FMI e a UE. 

Em consequência, após a rejeição do plano, o governo reaccionário local pediu a demissão.


O AKEL recusa com firmeza as privatizações, defende a saída de Chipre do Euro e o abandono da UE.

Notícias como esta não são divulgadas na TV portuguesa...

Publicado no Resistir.Info

domingo, 2 de março de 2014


sábado, 1 de março de 2014

A caminho da guerra

Da Ucrânia à Venezuela, de África e Médio Oriente aos mares da China, multiplicam-se os sinais de que a tendência predominante nas potências imperialistas é para a guerra generalizada, o autoritarismo mais violento e o fascismo. Seja pela via da agressão aberta e directa, seja através de grupos mercenários a soldo, os imperialismos em crise sistémica estão em guerra aberta contra os povos e em guerra surda entre si, como ainda recentemente comprovou o telefonema da «diplomata» dos EUA Victoria Nuland ao seu embaixador em Kiev. No combate contra governos que se atrevem a dar mostras de soberania, lançam mão de paleo-fascistas, cuja ligação directa às hordas nazis na II Guerra Mundial ninguém pode contestar. Tal como o fundamentalismo religioso mais retrógrado e reaccionário ékosher na Líbia ou na Síria, também o anti-semitismo dos fascistas ucranianos torna-se «europeu» e «democrático». A sra. Nuland confessou numa Conferência Internacional de Negócios patrocinada pela petrolífera Chevron (13.12.13) que nos últimos 20 anos os EUA gastaram mais de cinco mil milhões de dólares a subsidiar a subversão na Ucrânia. Entretanto são retiradas as ajudas alimentares aos norte-americanos com fome porque «não há dinheiro». 

Quem ache que isto é exagero faria bem em dar ouvidos a alguém que vem do coração do sistema e lhe conhece as entranhas, embora seja hoje dissidente. Paul Craig Roberts (PCR) pertenceu a governos de Ronald Reagan e foi vice-editor do Wall Street Journal. Hoje escreve que «a União Soviética servia de entrave ao poder dos EUA. O colapso soviético possibilitou a ofensiva neo-conservadora pela hegemonia mundial dos EUA. A Rússia sob Putin, a China e o Irão são os únicos entraves à agenda neo-conservadora. Os mísseis nucleares russos e a sua tecnologia militar tornam a Rússia o mais forte obstáculo militar à hegemonia dos EUA. Para neutralizar a Rússia, os EUA romperam acordos [...] expandiram a NATO para antigas partes constitutivas do império soviético […] e Washington alterou a sua doutrina de guerra nuclear para permitir um ataque nuclear inicial. […] O desenlace provável da ameaça estratégica audaciosa com que Washington está a confrontar a Rússia será a guerra nuclear» (14.2.14). Sob o título «Washington empurra o Mundo para a guerra», PCR escreve (14.12.13): «a guerra fatal para a humanidade é a guerra com a Rússia e a China para a qual Washington está a empurrar os EUA e os estados fantoches de Washington na NATO e na Ásia. […]. A única razão por que Washington quer estabelecer bases militares e mísseis nas fronteiras da Rússia é para negar à Rússia a possibilidade de resistir à hegemonia de Washington. A Rússia não ameaçou os seus vizinhos e […] tem sido extremamente passiva face às provocações dos EUA. Isto está a mudar […] tornou-se claro para o governo russo que Washington prepara um ataque inicial decapitador contra a Rússia. […] A postura militar agressiva de Washington face à Rússia e a China indicia uma auto-confiança extrema que costuma conduzir à guerra». Sobre a Ucrânia, escrevia PCR há mais de um mês (4.12.13): «A UE quer que a Ucrânia adira para que a Ucrânia possa ser pilhada, tal como o foram a Letónia, Grécia, Espanha, Itália, Irlanda e Portugal. […] Os EUA querem a adesão da Ucrânia para poderem aí posicionar bases missilísticas contra a Rússia». 

O ex-governante de Reagan não reconhece que o entrave decisivo ao belicismo imperialista é a luta dos povos. Mas é mais lúcido do que muitos que se afirmam “de esquerda” quando adverte a China e a Rússia contra as ilusões e concessões. «É pouco provável que a China se deixe intimidar, mas poderá minar-se caso a sua reforma económica abra a economia chinesa à manipulação ocidental» diz PCR (4.12.13), que também alerta contra a «quinta coluna» de «licenciados programados pelos EUA que regressam à China». E é cáustico para com a tolerância da Rússia e da Ucrânia «que de forma tola permitiram que grande número de ONG financiadas pelos EUA agissem como agentes de Washington sob a capa de “organizações dos direitos do homem”, “construtores de democracia”, etc.» (14.2.13). As ilusões sobre a natureza do imperialismo e sobre a traição dos aspirantes a serventuários ricos pagam-se caro. 

Os povos do mundo já pagaram um preço demasiado elevado. 

 
RESISTIR POR UM MUNDO MELHOR