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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

NATO prestes a conquistar a Líbia, com um banho de sangue

Após 7 mil bombardeamentos aéreos, do fornecimento de equipamento militar de todo o tipo e de financiamento aos grupos rebeldes, a NATO pode estar prestes a conquistar um território e os seus poços de petróleo e a liquidar fisicamente todos os que se opuseram à agressão, incluindo o próprio Kadhafi.

O que parece certo é que ele não fugirá e bater-se-á até ao fim, a fazer fé em anteriores declarações.

Os depósitos soberanos noutros países irão ser abertos, após uma investidura à pressa de um qualquer governo para pagar...a consolidação desta situação e a perseguição aos alvos que a NATO definirá.

Para o chamado Tribunal Penal Internacional (TPI) terá já sido levado o filho de Kadhafi que tem sido o porta-voz da Líbia nas últimas semanas.

Não partilhando de simpatias com Kadhafi, valorizo a sua determinação anti-imperialista, que teve compromissos há uns anos atrás, e sei bem que coisa é essa do TPI  - braço "jurídico" armado das estratégias de genocídio dos EIUA e NATO.

Os EUA e as França já se declararam disponíveis (hipocrisia....) para constituirem um protectorado, certamente para sanearem políticamente a população de "indesejáveis" e para controarem os poços do petróledo.

Prossegue assim, a realização dos objectivos estratégicos definidos há dez/ vinte anos no Pentágono.

Face ao risco de uma crise financeira que atingiria os EUA, estes e a NATO deveriam conquistar as rotas do petróleo do Mediterrâneo às fronteiras da Rússia.

É uma guerra muito vasta que dia-a-dia alarga cada vez mais o seu teatro: Líbano, Palestina, Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria e algum mudar de moscas na Tunísia, no Egipto e Marrocos, com ditaduras frágeis.
 






domingo, 21 de agosto de 2011

Reflexões lentas - num domingo de manhã

Retiradas (as reflexões) de "dias de agora", acabadas de escrever e que me vi impelido (?!) a publicar aqui:
«(...)

Há uma tese a borbulhar sobre a espécie humana, que quer saltar “cá para fora” e não encontra, neste momento…, melhor saída que aqui.

Então é assim.

A espécie humana dividir-se-ia, segundo quase consensual rotulagem, em duas sub-espécies.
Haveria a sub-espécie dos bons, que seria uma “espécie” de “supra-espécie”, que assim nascem ou que a tal – a bons – ascendem, a pulso-apenas-seu, com muito trabalho, mérito ou outros atributos, ou a pulso-ajudado-por-outros já lá nascidos ou lá chegados por sorte, dado o lado para tinham virado o rabinho ao nascer, por méritos e atributos que, entre-si, os bons valorizam e premeiam.

Depois – depois… mas noutra escala nas "espécies" –, haveria os maus, os que são assim e pronto, pertencem a essa infra-espécie e dela não podem ou (o que é bem pior) não querem sair.
São maus e pronto, não há nada a fazer senão combatê-los e impedir que façam o mal que os (pre)enche e que apenas dificultam o bem-estar (melhor: o bem-bom-ser) dos bons.
É essa infra-espécie de gente, mal-nascida e/ou mal-crescida, que pratica todas as malfeitorias.
Eles fazem revoluções, descolonizações, parece que vivem para perturbar a boa vida dos bons.

Será justo dizer, à laia de entre parenteses, que nem sempre os maus assim se comportam, que passam muito tempo calminhos, amansados pelas concessões que os bons vão fazendo, com essa intenção para que não haja agitação social que os incomode.
No entanto, mesmo assim, e mesmo quando muitos dos bons não se eximem à caridadezinha que os ajudará a ser melhores ainda (eventualmente) numa vida eterna reservada aos melhores dos bons, há sempre uns maus que são os piores dos maus, do piorio.
Estão sempre insatisfeitos, rezingando, conspirando, agitando, a preparar ou a realizar revoluções e descolonizações.

Eles são uns assassinos (mesmo quando conseguem os seus fitos sem matar ninguém), eles invadem países (mesmo quando só lá entram se chamados pelos maus "de dentro" para impedir que os bons recuperem, com ajuda dos bons "de fora", o que teriam perdido de bem-bom), eles prendem os bons e os que ao seu serviço estão para os derrubar (até abrem campos de reeducação e, para casos mais graves de bondade, asilos psiquiátricos), eles levantam muros (o que são verdadeiros símbolos da sua maldade intrínseca).

Eles estão às ordens de Moscovo (quando havia), ou do Corão (quando convém), ou de outras etiquetas que oportunamente se lhes colam, e têm estirpes muito resistentes (por isso, as mais perigosas) como a estirpe dos comunistas.
Porque estes, os comunistas, são os mais maus que denunciam – e, fanaticamente, explicam porquê – que os bons matam que se fartam (mesmo, e muito!, crianças, gente quando os alvos são “só” militares), que invadem e ocupam países (mesmo quando ninguém "de dentro" os chama, a não ser alguns raros bons e, sobretudo, as riquezas do solo, do sub-solo e plataformas marítimo-petrolíferas ou outras), eles prendem e têm campos de concentração em territórios ocupados, e fazem de aviões e aeroportos meios de transporte, como se gado fosse, de piores dos maus ou de alguns que suspeitam que piores dos maus possam ser), eles levantam muros em muitos lados (na América do Norte, entre os Estados Unidos e o México, em Chipre, no Sahara, a separar territórios ocupados por Marrocos do povo que os considera seus, entre a Palestina e territórios ocupados da Palestina, sei lá se em mais lugares)… embora muro, muro, haja (ou houve… aleluia!), penas um, o dos maus, o de Berlim.
Há que acrescentar, para que não fiquem dúvidas, que tudo o que de aparentemente mau a "super-espécie" dos bons faz é, evidentemente, por bem, enquanto tudo o que a "infra-espécie" dos maus faz de efectivamente bom é, evidentemente, por mal.
Isto a propósito de (...) como poderia ter sido da reforma agrária, que tantos bons latifundários (NÃO!) assassinou, e que "obrigou" a matar alguns maus.

Isto a propósito de terrorismo que é “arma” que os maus (falo dos comunistas) não utilizam, mas que os bons USAm e abUSAm, nalguns casos com o requinte de o fazerem por forma que a história seja contada como se alguns actos terroristas tivessem sido da autoria dos maus.

(...)»

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Assobiar para o Ar

ENTRE Janeiro e Maio deste ano, ALGUNS portugueses, por sinal os mais prósperos e endinheirados - e também os menos patriotas - continuaram a colocar os seus "pés-de-meia" a recato dos cobradores de impostos e de outros fenómenos do foro contributivo,  transferindo-os para os paraísos fiscais, também conhecidos por "offshores".

O Banco de Portugal apurou que os valores envolvidos nestas exportações de capitais rondarão os 1,32 mil milhões de euros, o que dá uma simpática média de 9 milhões de euros diários, representando um aumento de 700 por cento, relativamente a 2010.

Quanto ao Governo, mais preocupado em manter-se submisso e nas boas graças da troika, e insensível para com as dificuldades que está a criar aos OUTROS portugueses, continua a assobiar para o ar, deixando que os milhões lhe passem mesmo ao lado, ao mesmo tempo que vai imaginando novas formas de extorquir mais fundos aos contribuintes do costume, os tais OUTROS portugueses que continuam a viver - dizem os economistas aparentados com o sistema - acima das suas possibilidades.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O RECADO

Segundo o jornal i, «o multimilionário norte-americano Warren Buffett enviou um recado a Barack Obama».

Diz Buffett, num artigo publicado no New York Times, que «a partilha de sacrifícios pedidos à população é injusta para as classes mais pobres»

Por isso clama: «Parem de mimar os super-ricos».

(e explica que no último ano, enquanto ele pagou de impostos apenas 17, 4% do seu rendimento, «as taxas de impostos das 20 pessoas que trabalham no meu escritório, foram de entre 33% e 41%»).

É claro que Buffett sabe que a fortuna que tem foi conseguida através da exploração.

E sabe também que a actual crise do capitalismo, que assume aspectos de extrema gravidade, está a evidenciar de forma clara, as fragilidades do capitalismo.

E sabe, por isso, que para continuar a ser o que é - o homem mais rico do mundo - é preciso que o sistema capitalista funcione...

Porque, homem prevenido que é, sabe ainda que, como disse o economista Nouriel Roubini ao Wall Street Journal, «Marx estava certo quando disse que o capitalismo pode destruir-se a si próprio»...

Em todo o caso, o «recado» de Buffett a Obama merece ser registado... tanto mais quanto, por cá, continuamos a ouvir dizer todos os dias que «os sacrifícios são para todos»...

E não parece muito provável que um qualquer amorim ou belmiro envie idêntico «recado» ao Passos/Portas...

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

"Marx tinha razão. A certa altura o Capitalismo pode destruir-se a si próprio", diz hoje em entrevista ao Wall Street Journal, Nouriel Roubini

"Os negócios não estão a dar nada.

De facto não estão a ajudar.

O risco actual tornou as empresas mais nervosas.

Há um valor em espera.

As empresas dizem que estão a fazer cortes por haver um excesso de capacidade e que não contratam trabalhadores por não existir uma suficiente procura final mas há aí um paradoxo, um Catch-22.

Se não se está a contratar trabalhadores, não existe suficiente rendimento de trabalho, nem a confiança bastante do consumidor, enfim uma insuficiente procura final.

De facto, nos últimos dois ou três anos tivemos uma redistribuição massiva do rendimento do trabalho para o capital, dos salários para os lucros, aumentou a desigualdade do rendimento e a tendência marginal para gastar numa casa é maior que a tendência marginal para uma empresa poupar .

As empresas têm maior tendência a poupar que as famílias.

Assim a redistribuição do rendimento e da riqueza torna a procura agregada desadequada ainda pior".

"Karl Marx tinha razão. Num determinado momento, o capitalismo pode destruir-se a si próprio.

Não se pode continuar a mudar o rendimento do trabalho para o capital, sem ter um excedente de capacidade e falta de procura agregada.

Foi isso que aconteceu.

Pensámos que os mercados estão a funcionar mas não estão.

O indivíduo pode ser racional.

A empresa para sobreviver e prosperar, pode fazer descer os custos de trabalho cada vez mais mas os custos de trabalho são rendimento e consumo de outros.

É por isso que estamos perante um processo auto-destrutivo."

António Abreu no Antreus




sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Olha, olha, é a competitividade, pá ! Só uma inocente pergunta

Tá bem, pronto, fazemos de conta que sim, não se fala mais nisso, a descida da taxa social única é para favorecer a competitividade das empresas portuguesas.

Mas, ó grandes e faiscantes inteligências nacionais (e internacionais) que governam este protectorado, vexas. são capazes de me explicar se esta subida de 17 pontos na taxa do IVA sobre a energia, para além de um brutal assalto à mão armada aos orçamentos dos consumidores domésticos, também é para tornar mais competitivas as empresas portuguesas ?.



Vítor Dias no o tempo das cerejas*

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Médicos cubanos – Ainda se ao menos fossem “competentes”...

Não há volta a dar-lhe!


Por mais que a medicina cubana e os seus profissionais sejam elogiados internacionalmente, por mais que os números relativos aos cuidados de saúde pública em Cuba façam corar (fariam, se houvesse vergonha) países do “primeiro mundo”... tudo isto independentemente do que se pense sobre o regime político daquela grande ilha das Caraíbas, já que não é esse o assunto deste post, a verdade é que os médicos e médicas cubanas são olhados com desconfiança em muitos lugares... quem sabe, com medo que entre um curativo, uma pequena cirurgia, ou uma simples consulta, eles assumam o papel de espiões, ou de “evangelistas” da Revolução. Portugal não é exceção.

Independentemente das reais intensões com que o disse, o senhor doutor bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, lá foi dizendo que, “sem desprimor e sem xenofobia” (claro, claro!), era natural que certos extratos da população portuguesa estivessem “satisfeitos” com os médicos cubanos... já que antes não tinham médico nenhum, isto apesar, acrescentou, de esses clínicos não terem as «competências adequadas» para exercer a função.

E lá fiquei eu, numa das minhas divagações costumeiras, a imaginar e a tentar enumerar as «competências» que os amigos e amigas cubanas não têm... e de facto, se pensarmos nisso, existem várias:

- Não têm a “competência” de passar atestados médicos para 25 polícias, todos no mesmo dia, meterem baixa de saúde fraudulenta.

- Não têm a “competência” de passar as férias em estâncias balneares de luxo, no estrangeiro, a pretexto de passarem meia dúzia de horas dessas férias a ouvir os senhores que lhes pagam as estadias, fazerem propaganda a mais uns novos medicamentos que eles devem passar a receitar... tendo ainda a suprema lata de chamar a isso “congressos”.

- Não têm a “competência” de montar clínicas vistosas, com consultas a custarem 100 euros (ou muito mais), mas que ao primeiro exame dispendioso que for necessário, mandam o doente ir ter à consulta que também têm num qualquer hospital público, onde farão o exame gratuitamente, ou quase... para depois continuarem o “tratamento” (e os pagamentos, obviamente!) na clínica privada.

- Não têm “competência” para, nas consultas do Serviço Nacional de Saúde, “cheirarem” os doentes que têm disponibilidade financeira para contornar as esperas e demais incómodos do serviço público, passando, a seu conselho, para a clínica privada onde têm o seu biscate paralelo.

Poderia continuar, mas estes poucos exemplos já dão para ver o quanto estes médicos e médicas cubanas são “incompetentes”. Tão “incompetentes” como as centenas e centenas de médicas e médicos, enfermeiras e enfermeiros portugueses que, no SNS, fazem o seu trabalho com amor, competência e honestidade. Todos longe, muito longe do milionário universo em que se movem os barões da medicina... e da Ordem.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

GOVERNO VAI APOIAR FAMÍLIAS CARENCIADAS: Lá vai o pessoal espatifar os 60 cêntimos a beber cerveja e a comer doces...



"O Governo vai destinar 5 milhões de euros de apoio às famílias vulneráveis, nomeadamente na eletricidade e no gás", estando "prevista uma tarifa social para pessoas de menores rendimentos e esperamos que a tarifa social de eletricidade abranja 700 mil famílias e que a tarifa social de gás abranja 150 mil famílias", anunciou o cromo do neoliberalismo tuga que o Pedro botou no ministério da Economia.

Dividindo os 5 milhões de euros, por 12 meses e 700 mil familias, resulta um apoio de 60 cêntimos por mês. Espera-se agora que o pessoal atribua o devido valor a este Colossal esforço do Governo em tempo de Crise, dê aos 60 cêntimos uma utilização responsável e sobretudo não vá, como dizia a ex-deputada do PSD, espatifar o dinheiro todo "a beber cerveja e a comer doces".



quarta-feira, 3 de agosto de 2011

domingo, 31 de julho de 2011

Verdadeiramente antológico

Fernando Samuel, cumprindo o seu "serviço público", obrigação de cada um de nós (e de todos) de se informar e de informar - no cravo de abril, pelo que se conhece... -, dá-nos a conhecer tanta coisa que nos passaria ao lado sem a sua ajuda!

Como esta resposta de Manuel Villaverde Cabral, numa entrevista ao DN, que é... verdadeiramente antológica:

«(...)o PS, tendo tido a missão histórica ingrata de desfazer a revolução do 25 de Abril - e ter desfeito bastante - não conseguiu desfazer tudo»...

Lá ingrata (e mais!) terá sido!, para os socialistas, para os que no dito PS foram votando, ao longo destas décadas, como socialistas, como gente de esquerda, como trabalhadores, como povo. No entanto, para alguns dirigentes, eleitos e quejandos, foi missão cumprida com gosto e alegria, com proveitos e proventos.

E lá vão passando testemunho, sem mudarem de política, de criadores de ilusões em fazedores de desiludidos, alguns disponíveis para, de novo e recorrentemente, se iludirem.



sábado, 30 de julho de 2011

Na Líbia e no Kosovo, a NATO e os EUA estão com os terroristas da Al-Qaeda, na guerra que dizem ser "contra o terrorismo"

O assassinato do general Younes, criando divisões dentro dos rebeldes, acaba por reforçar o controle da NATO e dos EUA sobre a facção islamita, que é apoiada abertamente pela CIA e pelo MI6 inglês.

Também no Kosovo, o Exército de Libertação do Kosovo (KLA) era constituído por brigadas islâmicas filiadas na Al-Qaeda, ligadas ao narcotráfico e a outras formas de crime organizado.

O KLA era apoiado pela CIA, pelo CI6 inglês e pelo BND alemão.

A partir de 1997 o KLA conduziu assassinatos nas forças civis de oposição no Kosovo, incluindo os membros da Liga Democrática do Kosovo, liderada por Ibrahim Rugova.

Em 1999 foi usada como tropa de choque na guerra contra a Jugoslávia.

E alguns países, a começar pelos EUA, reconheceram a independência do Kosovo, na base do KLA.

"Estado-máfia" como a partir de então ficou conhecido, albergando a níveis superiores as actividades criminosas.

Os EUA e a NATO dizem que combatem o terrorismo mas na realidade estão a apoiá-lo e a financiá-lo.

Conduzem uma guerra santa contra o "terrorismo islâmico" mas apoiam forças jihadistas filiadas na Al-Qaeda que fazem parte da oposição a Kadhafi e que estão representadas no CNT.
 

quarta-feira, 27 de julho de 2011

E esta, hem ? Com Vítor Gaspar, rumo à sociedade sem classes

Leio no Público de hoje que ontem na AR, o ministro da Finanças argumentou quer uma «mistificação imaginária» supor «que os detentores dos juros eram os donos das empresas quendo, na sua maioria, eram os assalariados e os pensionistas» [ o senhor ministro não se deu ao trabalho de nos explicar em termos de valor quais o juros recebidos pelos grandes accionistas e os pequenos].

O ministro terá também insistido que «uma grelha de distribuição do rendimento capital/ trabalho estaria ultrapassada».

E acrescentou que «o capitalista e o trabalhador não têm uma realidade social na economia do século XXI, se é que a tiveram na economia do século XX».

Aqui registo pois embevecido que o objectivo da sociedade sem classes acaba de ganhar mais um destacado defensor e apóstolo.

Pena é que alguém me esteja aqui a soprar ao ouvido que acabar com as classes bem pode ser a melhor maneira de continuar a servir algumas e atacar outras.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

É preciso "lata"!

Faça-se um “joguinho” a partir do que disse hoje o governador do BdP e do que disseram os senhores banqueiros.

Antes, os bancos emprestaram ao governo a juro x (por exemplo, 7%). E fizeram-no com empréstimos que teriam tido de bancos estrangeiros e outras fontes, como o BCE, a juro y (por exemplo, 2,5%). É o seu negócio (ganhando a diferença entre os juros, no exemplo, 7% - 2,5% = 4,5%) !

Agora, os bancos achavam bem que o governo lhes pagasse para eles pagarem a dívida que contraíram para emprestar ao governo. Assim se transferiria a dívida sua para o governo, a que este melhor poderia fazer face por os seus juros terem baixado, à boleia da “solução grega”, embora com prazo dilatado, a que corresponderá um pagamento maior que o que estava para ser.

Depois, os bancos, com a situação mais desanuviada, voltariam a pedir emprestado, talvez a juro z inferior a y (por exemplo, 2,5% – 1% = 1,5%) para voltarem a emprestar ao governo (que bem precisado estará) ao mesmo juro x menos qualquer coisa (por exemplo, 7% - 0,5% = 6,5%). O negócio continuaria para os bancos e melhor (no exemplo, em vez se 7% -2,5% = 4,5%, seria 6,5% - 1,5% = 5%)!

Até parece que, no fim das continhas, todos ganhariam: o governo a pagar 6,5% de juro em vez de 7%, os bancos a ganharem o diferencial de 5% em vez de 4,5%.

E a gente? Cada vez mais endividada e sem a economia ter com que se financiar.

(atenção: todos estes números são mera ficção, são de um "joguinho" que imita - mal - a realidade)



sábado, 23 de julho de 2011

Não há políticas anti-sismo?

Na primeira página de um jornal de anteontem

pena é que, nas páginas interiores, tudo isto pareça uma... fatalidade.

E inevitável não é!





sexta-feira, 22 de julho de 2011

O que engorda e o que emagrece. É só poupança !

Também se ficou a saber que o novo Vice-Presidente da CGD é o dr. António Nogueira Leite que foi secretário de Estado do ministro Pina Moura num governo de Guterres, depois se passou para o PSD (calculo que sem grandes dores de alma) e que nos últimos meses os telespectadores têm sistematicamente gramado a defender a brutal contenção da despesa pública.

E siga a dança.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mundo árabe - Revolta, reacção ou revolução? Agressão imperialista!

No número em distribuição, a revista O Militante, inclui um artigo de Ângelo Alves, Mundo árabe - Revolta, reacção ou revolução, de muito interessante e útil (e urgente!) leitura para quem queira saber mais (e o contrário!) do que que é inistentemente veículado, justificando agressões sobre agressões do imperialismo. Artigo que pode ser lido aqui.

Sabe-se por exemplo que a Líbia é (já se terá de dizer era?, tal a destruição em curso!) um país no grupo dos de elevado nível de desenvolvimento humano, segundo o Programa da das Nações Unidas para o Desenvolvimento, no relatório de 2010 em 53º lugar entre 169 países escrutinados, bem acima, por exemplo, da Rússia (65º) e do Brasil (73º)?



domingo, 26 de junho de 2011

Qual crise, qual carapuça ! Foi bonita a festa, pá !


A avaliar por esta foto, só mesmo o pobre (em sentido figurado e também substantivo) Papandreou se lembrou que a foto ia ser vista pelos seus compatriotas.
 
P.S: este telegráfico post contém evidentemente a sua dose de aproveitamento político e demagogia.
 
É escrito assim para ter o mesmo grau de seriedade política e intelectual da referência feita, no Público de hoje, por um palerma chamado Vasco Pulido Valente que, esquecido que houve eleições há menos de um mês, vem observar que «perante as malfeitorias que lhes caíram em cima, os portugueses mostraram a sua irreprimível indignação com as "Marchas de Santo António", o piquenique do eng. Belmiro e dois fins-de-semana «prolongados» num único mês».

terça-feira, 21 de junho de 2011

Já se sabia ou ...

... como eu também me engano
Eu bem sei que a paráfrase está gasta de tanta e tão repetida utilização desde há 50 anos, especialmente nas últimas décadas em que passou a fazer parte do arsenal do discurso dos neo-liberais e a servir como passa-culpas para todos os que querem fazer esquecer as suas próprias responsabilidades políticas.

Mas ainda assim tinha apostado como os meus botões que hoje, na tomada de posse do seu governo, Pedro Passos Coelho haveria de adaptar a célebre frase de John Fitzgerald Kennedy proclamando: «Não perguntem o que Portugal pode fazer por vós, perguntem antes o que podem fazer por Portugal».

Perdi a aposta, quem te manda a ti, Vítor, armares-te em bruxo.

Mas, se em vez de estar fixado no Kennedy, tivesse apostado que Passos Coelho, apesar de conhecer o acordo que apoia com a troika e do que toda a gente sabe que ele contem, viria prometer um «Programa para o Crescimento, a Competitividade e o Emprego», então teria ganho a aposta graças a esta confirmação de que, para aquelas bandas, a desfaçatez não tem limites.

 
RESISTIR POR UM MUNDO MELHOR