segunda-feira, 31 de agosto de 2009

PALAVRAS JUSTAS

O Presidente da Assembleia Geral da ONU, Miguel D'Escoto, entregou hoje a medalha de «Herói Mundial da Mãe Terra» àquele que considera ser «o maior expoente e paradigma de amor á Mãe Terra»: o Presidente da Bolívia, Evo Morales.

Recorde-se que Evo Morales foi eleito em Dezembro de 2005, tendo tomado posse em Janeiro de 2006.

De então para cá, muita coisa mudou naquele país, designadamente:

os recursos naturais da Bolívia passaram a ser propriedade da nação;

foram modificados todos os contratos com as empresas petrolíferas estrangeiras;

milhões de hectares de terras foram entregues a camponeses e a indígenas;

foi criado um serviço de saúde para os pobres;

foi atribuída aos idosos uma pensão mínima;

acabou-se com o analfabetismo;

melhoraram sensívelmente as condições de vida do povo -

- além de a Bolívia ter passado a ser um país soberano, livre do domínio do imperialismo norte-americano.

Por caminhos semelhantes optaram, na última década, vários países da região: a Venezuela, o Equador, a Nicarágua, as Honduras, o Paraguai... - caminhos naturalmente com as suas diferenças, mas convergindo todos no esforço de melhorar as condições de vida dos seus povos, na postura de defesa das suas soberania e independência, e numa inequívoca afirmação anti-imperialista.

Razões mais do que suficientes para que o império afiasse as garras e passasse ao ataque - como está a acontecer.

Também sobre isso se pronunciou Miguel D'Escoto, ao afirmar que «a América Latina deve ser declarada território livre de bases militares estrangeiras».

Disse ainda que a "mudança" prometida por Barack Obama, tem-se traduzido até agora em «acções que não abonam nem a segurança nem a paz», como o comprova a intenção do Governo dos EUA de «converter a Colômbia no Israel da América Latina».

Palavras justas, estas de Miguel D'Escoto, a confirmar que muita coisa está a mudar - não obstante os perigos e as ameaças que o imperialismo norte-americano continua a fazer pesar sobre os povos do mundo.

Registe-se ainda o facto, por demais significativo - e também anunciado pelo Presidente da Assembleia Geral da ONU - de Fidel Castro ter sido considerado «Herói Mundial da Solidariedade».

Fernando Samuel no Cravo de Abril

domingo, 30 de agosto de 2009

sábado, 29 de agosto de 2009

Solidariedade com os cinco


Comité Português para a Libertação dos Cinco


Uma visita que se impõe.

Pesquise  sobre o assunto e verá que se irá surpreender.

Felizmente continua a haver gente assim...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Uma leitura para meditar...

Por causa das dúvidas vale a pena perder um bocadinho do seu tempo...


...e já agora, é bom não esquecer, estamos a falar de gente que tudo faz para procurar cumprir os seus programas e compromissos.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Hoje há Avante!

DESTAQUES:
Cultura, património e desenvolvimento do interior
Questões centrais na ruptura e mudança
Um espaço que se reinventa
Listas CDU
Transformar o País
A tragédia em Albufeira
Disfarce do insucesso
Libertação dos «Cinco»
Crise na Alemanha
Despedimentos só depois
A solidariedade do PCP
Critérios
Em Foco
Questões centrais na ruptura e mudança
Clima de confiança e simpatia
«Seremos poder quando o povo quiser»
Um exemplo a seguir
Um espaço que se reinventa
Futuro ameaçado
Os livros que fazem a festa
Imigrantes presentes
PCP
Um disfarce do insucesso
Privados não dão resposta
PCP disponível para debater
Faleceu Morais e Castro
Breves
Trabalhadores
Luta firme na TAP
Tragédia «reveladora»
Protesto no MNE
Desemprego exige ruptura política
Sardinhas
Breves
Nacional
Transformar o País
Portugueses exigem libertação dos «Cinco»
Ruptura de mudança
Contacto com a população
CDU faz a diferença!
Contacto com jovens trabalhadores
Batalha contra o desânimo
CDU ao lado das populações
Breves
Europa
Despedimentos depois do voto
Porsche investigada
Ingerência da Comissão gera protestos
Presidente húngaro indesejado na Eslováquia
A armadilha de Sarkozy
Batalha decisiva
Breves
Internacional
PCP manifesta solidariedade
Tortura sem punição
Jovens comunistas defendem Lei de Educação
Comunistas iniciam diálogo
Apelo pela verdade
Breves
Temas
Farsa num país ocupado
Uma mão cheia de nada outra de coisa nenhuma
Argumentos
Religiões

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Pré-Campanhas em banho maria

Ao contrário do que é habitual as pré-campanhas andam em banho maria.

Pela parte que me toca e por razões óbvias tenho acompanhado a da CDU.

Foram já apresentados publicamente os candidatos do concelho e do distrito, quer a nível concelhio, quer em Evoramonte, S. Domingos de Ana Loura, Espinheiro e S. Lourenço de Mamporcão.

No próximo sábado, pelas 18 horas, será a vez da sua apresentação em S. Bento do Cortiço.

Por outro lado alguns dos principais candidatos, em grupos maiores ou menores, têm aparecido nas festas ou, simplesmente, aqui e ali para pequenas conversas e contactos.

Calmamente e a pouco e pouco, com toda a tranquilidade, a CDU vai fazendo o seu trabalho enquanto não junta a totalidade dos seus activistas, que vão e vêm de férias, ou simplesmente ainda não aqueceram os "motores".

Este ritmo deverá manter-se até à Festa do Avante! até porque alguns dos principais envolvidos têm uma ligação umbilical a essa grandiosa iniciativa política, cultural e de massas que todos os anos, no primeiro fim-se-semana completo de Setembro, se realiza na Amora.

De qualquer modo o trabalho não parou e é a partir de agora que a onda vai começar a crescer.

Ainda por cima existe a confiança de um excelente resultado, quer nas legislativas, quer nas autárquicas.

Se a nível do distrito o combate vai ser entre a CDU e o PSD pelo deputado que, com toda a certeza, o PS vai perder, já a nível local o combate mais importante é pela conquista da presidência da Câmara Municipal.

E nesse combate, claramente a dois (PS e CDU), a diferença a ultrapassar são de apenas 73 votos.

Só resta saber se os independentes voltam a dar, de bandeja, a vitória ao PS como aconteceu em diversas eleições anteriores neste concelho, e mais claramente em 2005 na eleição do Presidente da Câmara Municipal.

Pelo que ouço parece-me que não, porque muita gente desta vez já percebeu o que vai, de facto, estar em jogo.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

1ºs MUPIS da CDU Autárquicas irão aparecer por aí


Em substituição do cartaz de divulgação da imagem e do nome do cabeça de lista da CDU pelo distrito de Évora às eleições legislativas, João Oliveira, irão aparecer agora os primeiros cartazes da CDU autárquicas em duas versões.

Um cartaz com os primeiros 4 membros da lista e outro apenas com o cabeça de lista.

Tal como aconteceu com a lista à Câmara deixo-os na coluna da direita na secção "Documentos CDU".

domingo, 23 de agosto de 2009

O que custa apresentar listas de candidatos

Pela primeira vez em 39 anos de militância partidária participei em processos de apresentação de candidaturas às autarquias locais.

Desde a elaboração das listas até à sua entrega nos tribunais.

A realidade, mais uma vez, ultrapassou tudo o que poderia imaginar.

Neste ano de 2009 muitos intervenientes no processo eleitoral evidenciam uma manifesta incapacidade em respeitar a legalidade democrática.

Nuns casos, por claro sectarismo político-partidário que rapidamente se transforma em actuações à margem da lei.

Os exemplos, infelizmente, abundam e podem multiplicar-se.

Um presidente de junta recusa-se pura e simplesmente a passar certidões de eleitor à CDU e só o faz quando intimado pelas autoridades competentes.

Outro entretém-se a ameaçar putativos candidatos de que «ai deles» se por lá aparecer o respectivo pedido de certidão.

No interior de uma Câmara funcionários, usando as suas funções hierárquicas, ameaçam trabalhadores seus subordinados que são candidatos, ou apenas apoiantes, de outras listas.

Dezenas de presidentes de junta hostilizam e dificultam quanto podem este simples processo burocrático de obtenção de uma certidão de eleitor.

Desde horários a prazos, passando por provocações políticas e mesmo pessoais, tudo serve.

Noutros casos, porém, é a realidade do país que somos que se impõem.

Há presidentes de junta com uma actuação correcta, mas com manifestas dificuldades para responder a estas situações.

Deixo aqui, à reflexão dos leitores, um caso exemplar.

Chaga-se a uma aldeia e pergunta-se pelo horário da junta.

«Está sempre fechada», respondem.

E o presidente?

«Está em casa».

Vai-se até lá por caminhos ainda não alcatroados.

O presidente está na lida da terra, a apanhar batatas.

Diz-se ao que se vai.

«Mas tem de ser agora?», interroga com ar natural e sem preconceito.

Lá se vai à junta, pelos mesmos caminhos, e aí chegado constata-se a falta de óculos para ler.

Pede a colaboração e nova viagem.

Liga-se o computador e mais problemas.

Gentil fornece a password e lá se conseguem obter três certidões de eleitor.

A questão é que este não é um exemplo isolado.

Multiplicou-se, com diferentes cambiantes, por dezenas em quase todos os 24 concelhos do distrito de Viseu.

Casos houveram em que, por aversão às novas tecnologias, certidões foram passadas à mão.

Embora o programa informático para o efeito exista há já 8 anos e equipe todas as juntas de freguesia de Portugal.

Como parêntesis humorístico refira-se que numa câmara se realizou uma acção de formação sobre como, no dia da votação, informar os eleitores do seu respectivo número.

Pois acreditem que presidentes de junta apareceram com «auxiliares» de 9 e 13 anos!

E eram de diferentes forças políticas (PS e PPD/PSD).

Estamos conversados!

Chegados aos tribunais os problemas persistem.

E fica sem se perceber muito bem o porquê de certas actuações díspares.

Num caso chegam ao extremo de exigir a apresentação de todos os bilhetes de identidade de muitas dezenas de candidatos.

E se num lado se pedem requerimentos para tudo e mais alguma coisa, no outro, mesmo ao lado, podem-se resolver os problemas de forma expedita.

Resumindo.

Neste distrito de Viseu o preconceito e o sectarismo político-partidário de quem está no poder são determinantes e condicionam mentalidades e actuações.

Ser candidato da CDU (e não só) é – 35 anos depois do 25 de Abril de 1974 – na maioria dos casos, uma atitude de coragem pessoal.

O que deveriam ser actos normais de cidadania transformam-se, por obra e graça de alguns, em autênticas batalhas políticas.

Registe-se e reflicta-se sobre a tão propalada «qualidade» da nossa democracia.

Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

In jornal "Público" - Edição de 21 de Agosto de 2009

Texto de
António Vilarigues retirado do Castendo
.

Até sempre!

Acabei de vir de Arcos do funeral da Maria Antónia, que se realiza daqui a pouco pelas 8,30, e logo deparei, ao abrir o blog, com a notícia da morte do Morais e Castro.

Há dias assim que não devia haver.

Até sempre companheiros.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Quem, para quem e para quê?

São milhares, e só não parecem papagaios por ligeiras diferenças na construção frásica e na escolha das palavras.
Mas todos martelam a mesma pergunta:
Quem?
Quem vai ganhar?
Sócrates ou Ferreira Leite?
Costa ou Santana?
Quem vai governar?
O PS ou o PSD?
O PSD com o CDS ou o PSD com o PS?
Quem é mais sério?
Quem é mais competente?
Quem é mais arrogante?
Quem é mais mentiroso?
Quem tem mais hipoteses nas sondagens?
Quem?
É tanta a gritaria que inevitavelmente consegue fazer nascer a dúvida:
Quem?
Qual deles?
Conseguindo, simultaneamente, reduzir o leque de opções eleitorais aos eleitos pelo sistema e abstrair o acto de votar da realidade económica e social e das opções políticas que ela deveria determinar.
Porque o que verdadeiramente importa é Para quem?
Para quem governou Sócrates?
Para quem governará?
E Ferreira Leite?
E Costa?
E Santana?
Para quem governou e governará o PS?
E o PSD?
E o CDS?
E a realidade está pejada de exemplos que não deixam dúvidas.
Todos eles não foram e não serão mais que os representantes políticos dos exploradores, dos especuladores, dos parasitas.
Mestres ilusionistas na arte de levar o povo a aceitar a exploração, a miséria e a precariedade, enquanto a burguesia engorda.
Porque todo o circo eleitoral da burguesia tem por objectivo exactamente distrair o eleitor da feroz luta de classes que se trava, uma luta de que se ganhasse a mínima consciência determinaria a sua opção eleitoral.
Tem por objectivo impedir que surja a pergunta cuja resposta varreria PS, PSD e CDS para uma expressão eleitoral tão minúscula como a importância demográfica das classes cujos interesses servem.
Votar para quê?
Para escolher quem vai intensificar a exploração dos trabalhadores ou para melhor a combater?
Para escolher quem vai entregar a minha Cidade aos especuladores, ou para combater a especulação?
Para escolher quem vai continuar a destruição do aparelho produtivo ou para melhor resistir a esse processo até o inverter?
Para escolher quem me oprime e explora, ou para melhor resistir à exploração e opressão até termos forças para acabar com ela?
Para trair a luta quando voto ou para levar a luta até ao voto, e para além dele, votando CDU?

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Hoje há Avante!

DESTAQUES:
Do mar da amargura às raízes do futuro
Espaço Internacional
Uma Festa do tamanho do mundo
Governo tem que intervir
CDU apresenta listas
Um rol de mentiras
Programa de ruptura, patriótico e de esquerda
Esperança de paz?
Acordo assinado

ÍNDICE:
Editorial
UM ESFORÇO NOTÁVEL
Opinião
Anticomunismo, arma do grande capital
Actual

As eleições farsa
O descaramento
Quem, para quem e para quê?
Crónica Internacional

A NATO prepara golpe
A Talhe de Foice

Disparates de Verão
Em Foco
No mar da amargura
Fazer a diferença
Uma imensa obra colectiva
Uma Festa do tamanho do mundo
O mundo em três dias
PCP
Governo tem que intervir
O mais elevado desemprego de sempre
Os EUA devem assumir os seus crimes
Exploração na Sotancro
Breves
Trabalhadores
Fernando Pinto mentiu e muito
Sargentos exigem intervenção de Cavaco
No Alfeite prossegue a luta
Desemprego não pára de crescer
Sardinhas
Breves
Nacional
Trabalho, honestidade e competência
Orçamento muito abaixo dos limites
CDU divulga candidatos
Solidariedade com os trabalhadores
«O povo pode confiar em nós»
Trabalho, honestidade e competência
Promessas eleitorais por concretizar
Projecto alternativo no Funchal
Centro de negócios falidos
Uma outra política para a imigração
CNA reclama justiça nas Honduras
Sever do Vouga e Vila Verde
«Duas eleições, uma campanha»
Breves
Europa
Esperança de paz
Accionistas usaram banco falido
FMI lança romenos na indigência
Polícia assalta igreja
Associação processa governo britânico
A luta pela alternativa
Breves
Internacional
Colômbia e EUA selam acordo
Dar água no deserto é crime
Resistência continua
Tortura contra sem-terra
Venezuela: as «justificações» do império
Breves
Temas
Programa de ruptura, patriótico e de esquerda
(Eles) comem tudo e não deixam nada (conclusão)
Vida e morte de Mariana Janeiro no livro Joana Campeoa, de Joseia Matos Mira
Argumentos
Religiões

A dimensão moral
TVisto

Prova de vida
Gastronomia

Vida em Veneza
Aconteceu
Área ardida cresce
Bronze na canoagem
Utentes exigem médicos
Milhões sem água potável
NATO reforça presença em África
Resumo da Semana

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

De uma vez por todas

Com a peculiar autoridade que lhe advém de ter sido nas eleições para o Parlamento Europeu o capitão de equipa que levou o PS ao segundo pior resultado da sua história, Vital Moreira vem hoje, em artigo no Público, fornecer a «boa táctica» para o PS nas legislativas de 27 de Setembro.

No geral, a contribuição não é especialmente inovadora e, nos pontos essenciais, corresponde à mistificadora orientação que há muito é detectável no discurso pré-eleitoral do PS: artificial e forçada demarcação do PS em relação ao PSD (como é evidente, Vital Moreira não escreve uma linha sobre o facto de, no Código do Trabalho e na contra-reforma da segurança social, o PS ter ido mais longe para pior que o PSD e também nem sequer fala da feliz convergência que entre ambos se estabeleceu a propósito do Tratado de Lisboa e da recusa de um referendo); uma mal disfarçada
dramatização em torno das questões da governabilidade; a apresentação do PCP e do BE como partidos «radicalmente antiliberais, antieconomia de mercado (ena, voltámos ao saudoso eufemismo), além de antieuropeus» e cujo principal objectivo seria, na douta opinião do Prof. de Coimbra exilado em Bruxelas,«derrotar o PS, mesmo à custa da entrega do poder à direita»; e, por fim e em coerência com o resto,
a cassete falsa, envenenada e capciosa insistência no apelo ao suposto «voto útil» no PS dos eleitores do PCP e do BE por medo da «vitória da direita».

É sobretudo a este último ponto que quero voltar, muito embora seja para repetir o que, como muitos leitores saberão, já muitas vezes esclareci, com a particularidade de os meus argumnentos nunca sofrerem frontal contestação dos principais propagandistas do fantasioso «voto útil» no PS que, entretanto e sem pruridos de inovação, continuam a repetir dia após dia os mesmos sofismas, as mesmas falácias e as mesmas falsificações.

Não vá julgar-se que eu sou um maluquinho da aritmética e com um pensamentio político limitado aos números, esclareço que obviamente, fossem quais fossem as realidades numéricas, eu sempre sustentaria que
voto verdadeiramente útil é o que é útil para quem o dá (e não só para quem o recebe), é o que corresponde às convicções profundas de cada cidadão e cidadã dos cidadãos e é determinado pela sua consciência e vontade, portanto, livre de constrangimentos e papões que alguns interesseiramente se empenham em espalhar.

Dito isto, que é essencial, acontece porém que, boa verdade, toda a linha de apelo ao dito «voto útil» no PS por parte de eleitores que têm votado ou estão agora dispostos a votar na CDU ou no BE afronta desavergonhadamente três grandes evidências
numéricas ou aritméticas da maior importância. A saber (peço desculpa pelo tom de escola primária de algumas frases mas há quem, sendo professor universitário, esteja mesmo a pedi-las):

Para voltarem a governar o país, PSD e CDS precisam de votos neles e devia meter-se pelos olhos adentro que votos nas forças à esquerda do PS (designadamente na CDU) não são votos no PSD e CDS e sempre serão votos que lhes faltarão para obterem a maioria absoluta de que carecem, do que só pode decorrer a evidência notória que votar CDU (ou BE) em nada favorece um regresso do PSD-CDS ao governo.

Ao contrário do que tanta gente julga, é uma falsidade de todo o tamanho supor que o que determinará a formação do governo subsequente às eleições é saber qual é o partido mais votado. Imaginemos, por exemplo, que o PSD até fosse o mais votado mas, caso com o CDS não formasse uma maioria absoluta, bastava o PS assim querer ( e contando para tanto com os votos parlamentares do PCP , dos Verdes e do BE) e nunca um governo PSD-CDS veria a luz do dia. Inversamente, imaginemos que o PS era o partido mais votado mas que havia uma maioria absoluta PSD+CDS. Nesse caso, alguém duvida que quem formaria governo não seria o PS mas, mais provavelmente, uma coligação pós-eleitoral PSD- CDS ?.Vital Moreira acaba de afirmar que «para haver um governo de esquerda [??!!!], não basta uma "maioria de esquerda" (ou das esquerdas), sendo necessário que o PS ganhe as eleições» (pressuponho que esteja a querer dizer ser o mais votado). Pura falácia só possível porque ou Vital Moreira pensa que ser o mais votado dá automaticamente direito a formar governo (o que significaria que estaria a desaprender em termos de constitucionalismo) ou porque, tendo em conta o que diz do PCP e do BE, quer um PS mais votado para que, a seguir, se ir entender ou com o CDS (mais provável) ou com o PSD, duas coisas perante as quais se arrepelariam todos os eleitores de esquerda que, incautamente, tivessem ido atrás da flauta do «voto útil» no PS.
Acresce que se, ainda que um pouco artificialmente, se quiser concluir que, pelo menos em termos núméricos eleitorais, há dois «campos» em presença (o que engloba PSD+CDS e o que englobaria PS+CDU+BE), a mais pura das verdades matemáticas (do ponto de vista político é outra conversa !) é que nenhum tipo de deslocações de voto, seja em que sentido fôr dentro do segundo campo tem qualquer incidência sobre a questão da direita (PSD e CDS) terem ou não terem uma maioria absoluta de deputados (ou seja tenha o PS 30%, a CDU 10% e o BE 9% ou tenha o PS 35%, a CDU 8% e o BE 6% - isso em nada altera que a direita continuasse a somar 51% e tivesse todas as condições para formar governo.).

Mas, saindo dos esclarecimentos de base numéricos e pondo esta minha convicção fora do desafio acima lançado, como será evidente para os leitores, na minha opinião o que politicamente mais determinará o curso dos acontecimentos e soluções pós-eleitorais e que mais pode influenciar a conquista das políticas e soluções de que Portugal precisa é um significativo reforço da CDU, um voto que contribui sempre para a derrota da direita, que castiga justamente a política de direita do PS, premeia um incomparável combate e intervenção ao longo dos últimos quatro anos e meio contra agressões e retrocessos sem conta e que dá acrescida expressão e força institucional à luta por uma nova política constante das suas propostas, programas e compromissos.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Festa do " Avante! " 2009 nos dias 4, 5 e 6 de Setembro



...E ali pela Festa do Livro anda gente que eu conheço!


domingo, 16 de agosto de 2009

CDU distribui documento com lista da Câmara

A CDU iniciou durante o fim de semana a distribuição de um documento onde se divulga a sua lista à Câmara Municipal e algumas ideias base sobre o seu programa.

Poderá consultar a totalidade do documento na secção "DOCUMENTOS CDU" que se encontra na coluna à direita. Para ler basta clicar na imagem.

Lembro que é o segundo documento a ser distribuido. Do primeiro transcrevi o seu texto aqui.

sábado, 15 de agosto de 2009

SIMPLESMENTE UM TELEFONEMA

Obama chamou «hipócritas» aos que exigem ao governo dos EUA a condenação inequívoca do golpe de Estado das Honduras e a reposição da legalidade democrática naquele país.

«Hipócritas» porque, diz ele, os que, agora, lhe exigem uma intervenção nas Honduras são os mesmos que condenaram todas as intervenções militares dos EUA noutros países...

Não creio que os que fazem essas exigências ao presidente norte-americano, estejam a pensar numa típica intervenção militar dos EUA, com as tropas especiais a entrarem por ali fora, arrasando, destruindo, matando - e, especialmente, ocupando.

No que me diz respeito, não só não defendo como abomino tal coisa - e a intervenção que exijo a Obama é outra e bem diferente.

Obama não é visitante do Cravo de Abril e, portanto, nunca terá conhecimento da minha opinião sobre este assunto...

Mesmo assim, aqui fica, em quatro pontos, o que penso sobre o que deveria ser a sua intervenção nas Honduras.

É fácil, não tem nada que errar:

1 - sente-se na sua secretária da Casa Branca;

2 - pegue no telefone e ligue para Micheletti;

3 - ordene-lhe que devolva imediatamente o poder ao Presidente legítimo das Honduras, Manuel Zelaya;

4 - aguarde uns minutos - e constatará que Micheletti obedecerá com a mesma prontidão com que obedeceu à ordem de executar o golpe militar de 28 de Junho.

Como se vê, a intervenção que exijo ao Presidente Obama é simples, não lhe rouba mais do que uns minutos e não implica mais do que o custo de uma chamada telefónica...

Fernando Samuel no Cravo de Abril

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O povo precisa de estabilidade

Este Actual estava para ser sobre as eleições em Lisboa, e o misto de contradições, cobardias, oportunismos e imaturidades que permitem que um PS atolado na política de direita até ao pescoço, consiga o apoio de cidadãos que dizem agir em nome da «esquerda».

Esteve também para ser sobre a falta de memória, e para lembrar o cerco policial à Sorefame, com o Governo a usar a força policial para impor a liquidação da produção de comboios em Portugal, processo que vivi do lado certo da barricada (com os trabalhadores e o Partido) e António Costa viveu como Ministro da Administração Interna.

Mas um breve rodapé no telejornal obrigou-me a escrever sobre outra questão.

É que esse rodapé informava, coisa rara nos nossos dias, essa dos telejornais informarem.

E informava sobre a Venezuela, coisa ainda mais rara e prodigiosa.

E essa informação, preciosa por rara e pela significância, é de que 10 anos de revolução reduziram para METADE a pobreza na Venezuela.

Ou, traduzindo percentagens para números, e aproximando-nos da dimensão do processo, são SEIS MILHÕES de cidadãos que já saíram da pobreza, e SEIS MILHÕES que ainda falta sair.

O que diz TUDO da «democracia» que produziu 12 milhões de pobres até 1998 (quase metade da população país), e diz muito do potencial transformador de um processo que rompa com uma política ao serviço das classes dominantes.

Um número que ainda permite explicar o ódio a Hugo Chávez e à revolução bolivariana, um ódio que une todos os vampiros que dentro e fora da Venezuela vivem do roubo dos recursos naturais e da exploração da força de trabalho, e se alimentam da miséria alheia.

Tinha razão o povo venezuelano quando em 1998 encerrou um período de mais de 40 anos de «estabilidade política», de governos ora de «esquerda» (AD), ora de «direita» (COPEI), mas sempre ao serviço do imperialismo e dos exploradores, e mergulhou na «instabilidade» e na revolução, começando a estabilizar a vida de milhões.

É que na Venezuela, como em Portugal, a estabilidade do povo e dos exploradores do povo é incompatível.

É preciso, sempre, optar!

Em Portugal, o povo também precisa da estabilidade que só na ruptura com a política de direita poderá alcançar!

Manuel Gouveia no Avante!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

CDU apresentou hoje as suas listas

A CDU apresentou hoje, durante a tarde, as suas listas às eleições autárquicas de 11 de Outubro.

Concorrendo a todos os órgãos autárquicos do Município, como sempre aconteceu desde 1976, as listas apresentam uma profunda renovação, não deixando, naturalmente de parte, aqueles que são, alguns há mais de trinta anos, as referências da CDU.

Apresentando-se como a única alternativa, de facto, à actual maioria PS, a CDU volta a ser, hoje talvez mais ainda, aquela força política, coerente, com os princípios e os valores de muitas décadas, e que foi determinante em tudo o que, no essencial, vemos de positivo no nosso concelho.

O TRABALHO, A HONESTIDADE E A COMPETÊNCIA QUE CARACTERIZAM A CDU PODERÃO ESTAR DE VOLTA À MAIORIA DOS ÓRGÃOS AUTÁRQUICOS DO CONCELHO.

De más experiências já nos chega a coligação PS/PSD, com João Carrapiço, em 1986/1989, o PS, com Véstia da Silva/José Costa, em 1990/1993, e novamente o PS, com José Alberto Fateixa, em 2005/2009.

É preciso perceber que não se deve cair em novas aventuras mirambolantes.

Costumam dar péssimos resultados.

Hoje há Avante!

DESTAQUES:
Apresentado Programa Eleitoral
Programa de Ruptura, Patriótico e de Esquerda
Uma grande Festa de Desporto
Tempo de lutar
O mau exemplo
Com toda a confiança!
As vitórias não nos descansam!
Tortura tolerada
Resistir nas ruas

ÍNDICE:
Editorial
DE RUPTURA, PATRIÓTICO E DE ESQUERDA
Opinião
Actual
Uma operação à maneira
O povo precisa de estabilidade
A história da rã e do lacrau
Crónica Internacional
O Afeganistão tem História
A Talhe de Foice
Cães da guarda
Em Foco
Programa de ruptura, patriótico e de esquerda
Eixos centrais de uma nova política
Uma grande Festa do Desporto
22.ª Corrida da Festa
PCP
Tempo de lutar
Milhões para a Microsoft
Rohde não pode fechar
Uma acção sem paralelo
Precariedade mantém-se!
As «máscaras» a cair
Trabalhadores
Rota de luta
Protesto no MNE
Rejeitar perdas de direitos
«Não nos calam!»
Chantagem no ISS de Évora
Alisuper assume compromissos
Portucel Viana condenada
Greve na Budelpack
Tribuna de sargentos
Fenprof rejeita «disfarce» do ME
Enfermeiros
Oficiais das Forças Armadas
Breves
Nacional
As vitórias não nos descansam!
Toda a confiança!
CDU constrói programa eleitoral
Empenho e trabalho
Acabar com a crise
PCP na Praia da Vieira
Honestidade e competência
CDU quer combater a insegurança
Atentado à liberdade
Um futuro melhor para Boticas
Breves
Europa
Tortura tolerada
Obsessão xenófoba
Despedimentos arbitrários
FMI controla Roménia
Os portugueses e a crise
Breves
Internacional
Hondurenhos resistem nas ruas
A simpatia de Obama e o Smart Power
UNASUR preocupada com a Colômbia
Fatah reconhece direito à resistência
Washington sonega provas de tortura
Breves
Temas
O mau exemplo da JP Sá Couto
O País dispõe de meios para erradicar a pobreza
Argumentos
Ciência e Tecnologia
Que política de C&T para a saída da crise?
Religiões
O compasso de espera...
TVisto
A guerra exige propaganda
Aconteceu
Lembrar Hirochima e Nagasaki
Morreu Raul Solnado
Mulheres do Saara Ocidental
Um milhão e meio sem médico de família
Resumo da Semana

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A semana passada estive na Atalaia

Aproveitando a ida a Lisboa a uma consulta com o meu pai fomos de manhã nas calmas e almoçamos na esplanada do Amora.

Optámos pela sardinha assada.

Ao nosso lado dois militantes comunistas embrulhados na construção da Festa estavam também a almoçar.

A meio do almoço resolvi perguntar ao mais velho como estava a construção da festa.

Ele respondeu-me que estava bem, que as coisas estavam a avançar.

Seguidamente perguntou-me: "E vocês são alentejanos daonde?"

Ao dizer-lhe que éramos de Estremoz virou-se para o jovem na casa dos trinta que estava na sua frente e disse-lhe: "Olha são da tua terra".

Naturalmente perguntei-lhe o nome. Ao dizer-me como se chamava disse-lhe: "Então és mais dos Arcos".

É verdade. O seu avô era dos Arcos e tinha ido para Santiago do Cacém. Em miúdo tinha vindo muitas vezes para os Arcos e Estremoz passar férias.

Lá falámos da família dele que conheço bem e lá lhe dei as informações que me foi perguntando.

Por acaso este jovem, de nome Luís, não era um simples camarada. Era um jovem com grandes responsabilidades na festa.

Fiquei contente com isso, especialmente numa altura e com a situação que existe nos Arcos em relação às próximas autárquicas.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Níveis salariais em Portugal: Manipulação da opinião pública

Aproveitando um estudo do Banco de Portugal, a comunicação social portuguesa lançou, no passado mês de Julho, uma concertada operação manipuladora da opinião pública portuguesa, procurando fazer crer que o nível salarial do sector público é superior ao privado.

Comparando o incomparável, omitindo informação, retirando frases do contexto, para os jornalistas que se prestaram à manobra valeu tudo.

Neste estudo, o autor, Eugénio Rosa desmonta a tramóia.

Ver estudo no ODiário.info

domingo, 9 de agosto de 2009

O papel dos "Independentes" no concelho (2005 - AM de Estremoz)

2005 foi o ano em que o papel dos "independentes" no concelho de Estremoz se tornou mais evidente.

Tendo concorrido a dois ógãos, Assembleia Municipal e Câmara Municipal, eles contribuiram decisivamente para a vitória do PS.

O que leva ao aparecimento dessas listas de "independentes" é uma cisão no PSD, muito concentrada na freguesia de Veiros.

A CDU avançava com Júlio Rebelo e Luís Mourinha, num processo de claro afastamento da CDU, não era candidato. O PS, claramente, foi apanhado desprevenido e a vitória nessas eleições não estava no seu horizonte.

Tal como a de Evoramonte em 1989, a de S. Lourenço de Mamporcão em 1993 ou a de Arcos em 2001, só durou para aquelas eleições, depois também se desfez.

Para perceber melhor o que aconteceu eis os resultados:

Eleições para a Assembleia Municipal de Estremoz

Desc.

2001

%

2005

%

Difer.

%

Insc.

13686

-

13488

-

-198

-1,45

Vot.

8547

62,45

8415

62,39

-132

-1,54

Abst.

5139

37,55

5073

37,61

-66

-1,28

Brancos

253

2,96

251

2,98

-2

-0,79

Nulos

142

1,66

139

1,65

-3

-2,11

PS

2597

30,39

2847

33,83

+250

+9,63

PCP-PEV

2877

33,66

2635

31,31

-242

-8,41

PSD

2145

25,10

1723

20,48

-422

-19,67

INDEP.

-

-

423

5,03



CDS

250

2,93

201

2,39

-49

-19,60

BE

282

3,30

196

2,33

-86

-30,50

1.ª conclusão: A CDU perdeu a eleição por 212 votos, ou seja mais de 8% da sua votação, quando em 2001 havia ganho por 280 votos. A lista de "independentes" obteve apenas 423 votos. O PS ganha a eleição tendo subido 250 votos e aumentado a sua votação em mais de 9%.

2ª conclusão: O PSD perde 422 votos, atingindo quase 20% de perda da sua votação.

3ª conclusão: Também aqui as espectativas ficaram muito aquém do esperado e, também aqui, é preciso que as pessoas percebam isso e que nas eleições de 11 de Outubro "os independentes" que agora aparecem um pouco por todo o lado não tenham qualquer expressão, a fim de derrotar o PS e as suas práticas políticas neste concelho, porque mais uma vez, como sempre neste concelho, a CDU é a única alternativa.

4ª conclusão: Os "independentes" deram a vitória ao PS (tiveram 423 votos e a CDU perde por 212), portando-se o seu único eleito na Assembleia como mais um membro da bancada do PS, sem qualquer intervenção ou posição digna de realce.

5ª conclusão: Também aqui a importância da população perceber o que está em causa para que não aconteça o que costuma acontecer normalmente. É a velha desculpa do dizer que não votei neles. Pois mas podem ter votado noutros que os ajudaram a vencer.

sábado, 8 de agosto de 2009

Campanhas que se repetem

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

HONDURAS RESISTE

A resistência do povo das Honduras continua.

Todos os dias e em alguns dias com participação redobrada.

Foi o que aconteceu na passada quarta-feira, em que centenas de milhares de hondurenhos ocuparam as ruas das principais cidades do país, exigindo o regresso do Presidente Manuel Zelaya.

Em todo o lado, as manifestações foram brutalmente reprimidas.

Na capital, Tegucigalpa, a polícia invadiu a Universidade Nacional Autónoma das Honduras (UNAH) e carregou violentamente sobre os três mil estudantes que ali se manifestavam, agredindo igualmente jornalistas e a própria reitora da Universidade.

Sublinhe-se o facto, bem elucidativo do carácter repressivo da ditadura instalada no país, de esta ser a primeira vez que a UNAH é invadida por forças policiais - não o tendo sido mesmo no tempo da cruel ditadura de Álvarez Martinez que, nos anos 80, às ordens da CIA, não apenas instalou o terror no país, como transformou as Honduras numa base de formação de terroristas, designadamente os 15 mil Contra que dali partiram para a Nicarágua com o objectivo de derrubar o governo revolucionário da Frente Sandinista.

Entretanto, registaram-se mais dois assassinatos: Roger Vallejo, professor, morto com um tiro na cabeça no decorrer de uma manifestação e outro professor, este dirigente sindical, assassinado com 25 punhaladas quando regressava a casa, depois de ter assistido ao velório de Vallejo.

Os média portugueses, fiéis a si próprios e aos seus selectivos critérios de desinformação organizada - e fechando nas gavetas de directores e chefes de redacção a liberdade de informação conquistada com o 25 de Abril - continuam a silenciar o que se passa nas Honduras, seguindo à risca as orientações do governo dos EUA.

Assim, nenhum jornal de ontem fez a mínima referência às manifestações de quarta-feira passada - e sobre elas o Diário de Notícias de hoje fornece uma «informação» que faz lembrar as «informações» do tempo do fascismo.

Diz o jornal, em menos de meia dúzia de linhas, que «continuam as manifestações a favor e contra o líder deposto» e que «estudantes apoiantes de Zelaya atiraram pedras e paus contra a polícia, tendo os agentes respondido com gás lacrimogéneo»...

Já no que toca às posições dos EUA sobre as Honduras, os média portugueses não deixam os seus créditos por mãos alheias.

O Público de ontem e o Diário de Notícias de hoje realçam e louvam a «imparcialidade dos EUA na crise política das Honduras»...

E que «imparcialidade» é essa?

O Governo de Obama explica:

«A política norte-americana nas Honduras não é de apoio a ninguém em particular»;
e, por isso, continua a explicar o Governo Obama, «Os EUA recusam considerar a hipótese de avançar com sanções económicas»;
além disso, o Governo Obama classifica de «acções provocatórias», as tentativas de Zelaya de regressar às Honduras...

Mais palavras para quê?

É o Governo Obama a confirmar o seu papel de direcção no golpe fascista das Honduras; e são os média portugueses, à semelhança dos seus gémeos internacionais, a confirmar o seu apoio a esse golpe fascista.

Apesar disso, HONDURAS RESISTE! - e, resistindo, VENCERÁ!

 
RESISTIR POR UM MUNDO MELHOR