quarta-feira, 15 de julho de 2009

Qual era a dúvida?

Os desabafos e confissões dos soldados que não conseguem conviver com as monstruosidades em que participaram, vêm confirmar o que todas as ONGs e observadores independentes denunciavam.

Está lá tudo.

Os escudos humanos, as armas proibidas, as ordens para matar sem perguntar nada, os disparos às cegas, a política de transformar tudo à passagem em “zonas estéreis”, o que apenas se consegue arrasando tudo, nas próprias palavras de um soldado israelita.

Já sabíamos que só na última grande ofensiva de Israel, o balanço de vítimas foi de quase 1500 mortos palestinianos, na esmagadora maioria civis, enquanto do lado israelita morreram dois civis, vítimas dos rockets do Hamas e 10 soldados, sendo que destes, 4 foram abatidos acidentalmente por “fogo amigo” (termo mais imbecil!) de colegas seus.

Com números assim, nem seria preciso esperar pelos (sempre louváveis) rebates de consciência dos participantes nos assassinatos e genocídio planeado de todo um povo, para reafirmar a condenação da direita, extrema direita e trabalhistas (é bom não esquecer!), que têm partilhado o poder durante décadas de crimes e, ao mesmo tempo, reforçar a solidariedade com todos os que, dentro de Israel, lutam e levantam a sua voz contra este estado de coisas, buscando uma solução de paz que respeite o povo palestiniano.

Qual era a dúvida? in "Cantigueiro"
 
RESISTIR POR UM MUNDO MELHOR