Pelos vistos, para desespero de todos os que estão sempre prontos para defender o governo fascista de Israel, chegam-nos notícias que nos dão conta de que estávamos certos ao apontar às tropas israelitas vários crimes de guerra e o assassinato premeditado e frio de crianças, mulheres e homens palestinianos, todos tão civis quanto desarmados.
Os desabafos e confissões dos soldados que não conseguem conviver com as monstruosidades em que participaram, vêm confirmar o que todas as ONGs e observadores independentes denunciavam.
Está lá tudo.
Os escudos humanos, as armas proibidas, as ordens para matar sem perguntar nada, os disparos às cegas, a política de transformar tudo à passagem em “zonas estéreis”, o que apenas se consegue arrasando tudo, nas próprias palavras de um soldado israelita.
Já sabíamos que só na última grande ofensiva de Israel, o balanço de vítimas foi de quase 1500 mortos palestinianos, na esmagadora maioria civis, enquanto do lado israelita morreram dois civis, vítimas dos rockets do Hamas e 10 soldados, sendo que destes, 4 foram abatidos acidentalmente por “fogo amigo” (termo mais imbecil!) de colegas seus.
Com números assim, nem seria preciso esperar pelos (sempre louváveis) rebates de consciência dos participantes nos assassinatos e genocídio planeado de todo um povo, para reafirmar a condenação da direita, extrema direita e trabalhistas (é bom não esquecer!), que têm partilhado o poder durante décadas de crimes e, ao mesmo tempo, reforçar a solidariedade com todos os que, dentro de Israel, lutam e levantam a sua voz contra este estado de coisas, buscando uma solução de paz que respeite o povo palestiniano.