
2009 vem aí com a perspectiva da intensificação das lutas
Um Congresso para o futuro
Nas empresas de Leiria
ou Muntather al-Zaidi,
por exemplo, pudessem passar o natal junto dos seus.
Sem grandes comentários e pela forma como está escrito vale a pena ler no Mais Évora este texto sobre o que é a nova "avaliação" na função pública.
Não ficando atrás da "avaliação" dos professores e da "avaliação" de outros sectores, até porque o objectivo não é avaliar, alguém me questionava recentemente porque não tinha a função pública aproveitado a onda de contestação dos professores e não se lhe tinha juntado porque a questão de fundo era a mesma. Sinceramente não sei e não soube responder.
Vale igualmente a pena ler este texto que está relacionado.
NOTA: Onde se lê CME deve ler-se, eventualmente, Câmara Municipal de Évora, embora possa ser "aplicado" a todas as Câmaras do país e a todos os serviços da Administração Pública.
Muntadar al-Zaidi, o jornalista iraquiano que atirou os seus sapatos contra Bush, esteve (e continuará a estar) a ser interrogado para se apurar se foi pago por alguém para cometer a tentativa de agressão. Terá sido também sido submetido a testes de droga e álcool.
É daqueles actos, pela simplicidade do protesto, da raiva ou seja lá do que for, mas também pela sua espectacularidade, marcará definitivamente a vida e a carreira do jornalista. E marcará igualmente a denúncia das barbaridades e atrocidades cometidas contra aquele país e aquele povo, pela "coligação" de cuja fotografia fizeram parte, além de Bush, Blair, Aznar e Barroso.
Se para o Departamento de Estado, pela voz de Robert Wood "este foi um incidente isolado e de cunho particular, que não vê a direcção que estamos tomando agora no Iraque, que é muito, muito positiva, e esperamos que continue assim" e que o jornalista "apenas queria aparecer", já para todos aqueles que condenaram e condenam a intervenção americana no Iraque é um episódio que vai muito mais além.
Quando milhares de iraquianos exigem a sua libertação, quando dezenas de advogados árabes o querem defender, quando os sapatos se tornam um simbolo da resistência à ocupação, mostra que o acto teve outras consequências.
De facto é uma despedida condigna a Bush. Muntadar Al-Zaidi teve a coragem de levantar-se e chamar-lhe "cão", apesar de rodeado de um enorme aparato de segurança, e atirar-lhe os sapatos (um grave insulto na cultura árabe).
Óbviamente que o "insulto" não é comparável com as centenas de milhares de mortos que a invasão terá originado e que a sua libertação é uma exigência fundamental de todos.
Gostaria de dizer que, tal como acontece nos acidentes de automóveis, os testes de álcool e drogas deveria também ser feito a Bush. E já agora um exame clínico para se tentar perceber a sanidade mental do homem. É que sendo a figura mais visível responsável por tantos mortos algo não está bem naquele personagem.
Mas sobre notícias alternativas da Colômbia vá à ANNCOL.
Hoje vão morrer na Colômbia sete pessoas à margem de quaisquer combates. Ontem morreram sete. E amanhã vão morrer outras sete. A média é de organizações de direitos humanos e é só parte de uma tragédia que inclui ainda pelo menos 2,5 milhões de deslocados.
Mais de 14 mil colombianos morreram desde 2002, o ano do primeiro mandato do Presidente Alvaro Uribe, segundo as ONG, cujos números foram apresentados por ocasião da análise periódica universal ao país no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra. A lista integra vítimas de execuções extrajudiciais ou realizadas por forças policiais ou militares, e paramilitares.
A maior parte dos mortos são sindicalistas e activistas dos direitos humanos. Nos últimos vinte anos, foram mortos 2700 militantes sindicais. Só nos primeiros oito meses deste ano foram assassinados 40. Os activistas de direitos humanos mortos ou desaparecidos desde Janeiro são 75.
Os principais suspeitos são o exército e os grupos paramilitares de extrema-direita cuja desmobilização, contra o que afirma o Governo, não terá então acontecido. Também desde o início do ano e de acordo com as mesmas fontes foram registados 932 casos de tortura, incluindo 731 letais.
As autoridades contrapuseram ao Conselho da ONU números seus apontando para a diminuição dos homicídios, desde logo dos sindicalistas, e dos sequestros. Mas o vice-presidente Francisco Santos pediu ainda assim "perdão" aos familiares das vítimas do que classificou como uma "vergonha" nacional.