terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Apontamentos sobre o Congresso

Chegado ao fim de mais um Congresso do PCP, não queria deixar de a ele me referir, através de alguns apontamentos.

1º - De suplente e convidado passei a delegado. Algumas coisas que tinha previsto não se concretizaram, pelo menos integralmente.

2º - Como habitualmente comprei jornais. É interessante saber o que dizem porque, salvo raras e honrosas excepções, não informam. Inventam, aldrabam, trocam as mãos. Sobre esta matéria deixarei mais adiante alguns links de quem de forma mais aberta ou mais subtil tratou destas questões.

3º - O edifício da Praça de Touros pareceu-me bem. De facto, sem alterações substanciais de organização do espaço que dele conhecia, está funcional e bem aproveitado.

4º - A zona inferior corresponde ao que é normal num moderno centro comercial. Para além das lojas ditas normais, por lá andam os burgers, as pizzas, as salsichas, etc. Por isso nada de especial a registar.

5º - Sobre a cobertura uma nota muito especial. A certa altura uma boa parte, senão a grande maioria, dos delegados começou a olhar para cima. É que estávamos a ser atingidos por pedrisco. Fez-me lembrar a história de quando éramos miúdos e faziamos uma pequena ferida num dedo.
Havia logo quem dissesse que por ali saíam as tripas grossas e que as miúdas não cabiam.
De facto, por ali entrou o pedrisco mas a água que chovia não.

6º - Notícias tristes também aconteceram. Para além do falecimento da avó de uma camarada que era delegada por Estremoz, e que levou a que tivesse de a substituir, faleceu no local uma convidada. São sempre momentos que nos trazem tristeza.

7º - Mais uma vez, como não poderia deixar de ser, as intervenções dos delegados trouxeram até nós a realidade que somos e as lutas que travamos. E ficámos a saber um bocadinho mais. Quem vê os congressos de outros partidos nada se compara. De facto, as preocupações, os interesses, a forma de ver o mundo é mesmo outra. Até a participação nas sessões é diferente. Delegados a falar para cadeiras vazias ali não houve.

8º - Encontrei muita gente conhecida. Outros só agora os estou a ver em fotografias. Aquilo era muita gente.

9º - Das intervenções do distrito destacaria a de Vasco Lino em nome da Organização Regional de Évora e a de Hortênsia Menino sobre a defesa dos serviços públicos no concelho de Montemor-o-Novo.

10º Como o prometido é devido aqui vão os tais links:

Em "o tempo das cerejas*", Vítor Dias escreve:
Falar de corda em casa do enforcado
Quem não muda em nada e não cede em nada
Por favor ou por amor de Deus
Expliquem aqui ao jovem, inexperiente e apolítico
Jerónimo de Sousa no encerramento do Congresso
Palavras finais para um combate que continua !
Delegados ao XVIII Congresso do PCP
Contra ideias feitas
Um estatuto de excepção para...
... as flores de estufa
Algumas primeiras páginas
No pasa nada !
Glórias do jornalismo português
Uma notícia trapalhona (se não for coisa pior...)

Em "Cravo de Abril", Fernando Samuel escreve:
João Filipe Rodrigues escreve:

Em "A Sedição Controlada", Ivo Rafael Silva escreve:

Em "Movimento das Palavras Armadas", Joroca escreve:

Em "Dos Prazeres para a Graça", Orlando Gonçalves escreve:

Em "Cantigueiro", Samuel escreve:

Em "Vermelho Vivo", vermelho vivo escreve:

Em "Jangada de Pedra", André Levy escreve:

Em "Isto tem dias"", Ana Camarra escreve:

Em "Anónimo do Século XXI", Sérgio Ribeiro escreve:

Estes são exemplos de referências. Haverá muitos outros. Daí que faz todo o sentido este trecho da intervenção de Jerónimo de Sousa:

"Os que vivem da coisa mediática, da divergência, da zanga, ficam desiludidos porque não houve “cenas de faca e alguidar” e “guerras de alecrim e manjerona”, antes grande convergência nas análises e nas votações. Percam preconceitos. Comparem a profundidade das análises, o conhecimento da realidade, as propostas, o projecto que nos anima e depois julguem.Talvez não entendam o valor que tem o envolvimento directo e participativo de mais de 26 mil militantes que agarraram no projecto como seu, discutindo e reflectindo com outros camaradas no que seria melhor para o Partido, para os trabalhadores, para o povo e para o País – propondo, questionando, sugerindo e decidindo".
 
RESISTIR POR UM MUNDO MELHOR