quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Declaração da FIR sobre o 60º aniversário da "Declaração Universal dos Direitos Humanos"

A "Declaração Universal dos Direitos Humanos" da Organização das Nações Unidas é um documento político central da história do pós-guerra.

A Federação Internacional dos Resistentes (FIR) - Associação Antifascista, relembra o facto de a fundação da ONU e a adopção desta declaração assentar na luta libertadora dos povos e das nações contra a barbárie fascista. Já na altura os sobreviventes do campo de concentração de Buchenwald exigiam, em Abril de 1945: "Criemos um novo mundo de paz e liberdade".
Estes princípios foram acolhidos na "Declaração Universal dos Direitos Humanos".

Os objectivos da declaração baseiam-se nos ideais da Revolução Francesa e nas suas proclamações de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade".

O fascismo, como ideologia e prática política, procurou reverter estes ideais. A acção comum dos povos na luta antifascista derrotou esta ameaça.

Sabemos que os princípios da "Declaração Universal dos Direitos Humanos" não determinam presentemente a realidade política e social no mundo de hoje.

Não temos, contudo, razão para apontar o dedo em uma só direcção. Os direitos humanos não podem ser reduzidos à liberdade de expressão ou acesso à internet. Mesmo nas nações mais desenvolvidas industrialmente, os direitos e liberdades não são frequentemente assegurados, como, por exemplo, o direito ao trabalho e educação, direito a habitação condigna ou direito a protecção da discriminação racial.

A FIR e as suas associações membro pugnam hoje e no futuro pela implementação dos ideais da "Declaração Universal dos Direitos Humanos" como um todo.
Estes direitos não são oferecidos. Tais direitos e liberdades são garantidos - tal como a experiência histórica nos ensina - apenas através da luta social. Os veteranos da luta antifascista e os antifascistas das gerações de hoje são companheiros combatentes em tal movimento.

Assim, o assinalar do 60º aniversário da "Declaração Universal dos Direitos Humanos" não é nenhuma "comemoração vazia", mas sim um pedido de acção por um mundo melhor.

President Michel Vanderborght

Secretary-General Dr. Ulrich Schneider

Berlim, 10 de Dezembro de 2008


In URAP.
 
RESISTIR POR UM MUNDO MELHOR