Leio no Público de hoje que ontem na AR, o ministro da Finanças argumentou quer uma «mistificação imaginária» supor «que os detentores dos juros eram os donos das empresas quendo, na sua maioria, eram os assalariados e os pensionistas» [ o senhor ministro não se deu ao trabalho de nos explicar em termos de valor quais o juros recebidos pelos grandes accionistas e os pequenos].
O ministro terá também insistido que «uma grelha de distribuição do rendimento capital/ trabalho estaria ultrapassada».
E acrescentou que «o capitalista e o trabalhador não têm uma realidade social na economia do século XXI, se é que a tiveram na economia do século XX».
Aqui registo pois embevecido que o objectivo da sociedade sem classes acaba de ganhar mais um destacado defensor e apóstolo.
Pena é que alguém me esteja aqui a soprar ao ouvido que acabar com as classes bem pode ser a melhor maneira de continuar a servir algumas e atacar outras.