Aproveitando a ida a Lisboa a uma consulta com o meu pai fomos de manhã nas calmas e almoçamos na esplanada do Amora.
Optámos pela sardinha assada.
Ao nosso lado dois militantes comunistas embrulhados na construção da Festa estavam também a almoçar.
A meio do almoço resolvi perguntar ao mais velho como estava a construção da festa.
Ele respondeu-me que estava bem, que as coisas estavam a avançar.
Seguidamente perguntou-me: "E vocês são alentejanos daonde?"
Ao dizer-lhe que éramos de Estremoz virou-se para o jovem na casa dos trinta que estava na sua frente e disse-lhe: "Olha são da tua terra".
Naturalmente perguntei-lhe o nome. Ao dizer-me como se chamava disse-lhe: "Então és mais dos Arcos".
É verdade. O seu avô era dos Arcos e tinha ido para Santiago do Cacém. Em miúdo tinha vindo muitas vezes para os Arcos e Estremoz passar férias.
Lá falámos da família dele que conheço bem e lá lhe dei as informações que me foi perguntando.
Por acaso este jovem, de nome Luís, não era um simples camarada. Era um jovem com grandes responsabilidades na festa.
Fiquei contente com isso, especialmente numa altura e com a situação que existe nos Arcos em relação às próximas autárquicas.