Este texto do Sérgio Ribeiro publicado no Anónimo séc.xxi sobre os muros e sobre a dose que durante o dia de hoje nos martelou a cabeça, a vista e as orelhas, e que à hora que estou a escrever continua, merece ser divulgado.
Pela forma como se denuncia a hipocrisia dos muros e pela fartura que temos de os ouvir, tentando manipular tudo e todos. Vale a pena.
Se num país com regime etiquetado de comunista, se levanta um muro, não importa saber porquê, que antecedentes houve: é um crime, há que o derrubar... e a culpa é do comunismo.
Se num outro país qualquer, isto é, não comunista, se levantam muros, eles lá terão as suas razões e, se houver que anatematizar o levantamento dos muros, lamenta-se, toleram-se e assacam-se as culpas aos turcos (ou aos gregos, ou aos cipriotas), aos israelitas (ou aos palestinianos que os obrigaram a isso), aos mexicanos que queriam entrar à “má fila” nos Estados Unidos (a estes, nunca!), aos flavelados do Brasil (e flagelados), aos irlandeses (ora dos católicos, ora dos protestantes, consoante), aos marroquinos (ou aos saharouis), aos africanos (são mais que muitos... os muros, porque africanos vão rareando), aos sunitas, aos talibãs (os muros à volta dos edifícios em Cabul), aos coreanos (mais aos do sul que o terão construido que aos do norte, veja-se lá… porque se tivesse sido ao contrário não faltaria!), nunca a culpa é do… sistema.
Ora vão para o raio que os parta!
Estou farto de muros, e de um em especial. Vou ficar 20 anos sem falar de muros, tal a dose.
Isto é abusar do gentio
Se num país com regime etiquetado de comunista, se levanta um muro, não importa saber porquê, que antecedentes houve: é um crime, há que o derrubar... e a culpa é do comunismo.
Depois há que aproveitar a efeméride para festejar a queda do muro, perdão do dito comunismo, até porque teima em não cair e até parece que tem toda a razão no que estudou do capitalismo,
Se num outro país qualquer, isto é, não comunista, se levantam muros, eles lá terão as suas razões e, se houver que anatematizar o levantamento dos muros, lamenta-se, toleram-se e assacam-se as culpas aos turcos (ou aos gregos, ou aos cipriotas), aos israelitas (ou aos palestinianos que os obrigaram a isso), aos mexicanos que queriam entrar à “má fila” nos Estados Unidos (a estes, nunca!), aos flavelados do Brasil (e flagelados), aos irlandeses (ora dos católicos, ora dos protestantes, consoante), aos marroquinos (ou aos saharouis), aos africanos (são mais que muitos... os muros, porque africanos vão rareando), aos sunitas, aos talibãs (os muros à volta dos edifícios em Cabul), aos coreanos (mais aos do sul que o terão construido que aos do norte, veja-se lá… porque se tivesse sido ao contrário não faltaria!), nunca a culpa é do… sistema.
Ora vão para o raio que os parta!
Estou farto de muros, e de um em especial. Vou ficar 20 anos sem falar de muros, tal a dose.