segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Câmaras... diferentes!

SINDICATO NACIONAL DOS TRABALHADORES
DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL
Direcção Regional de Évora
COMUNICADO AOS TRABALHADORES
DA CÂMARA MUNICIPAL DE ARRAIOLOS
SINDICATO NACIONAL DOS TRABALHADORES
DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL
Direcção Regional de Évora
COMUNICADO AOS TRABALHADORES
DA CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA
A Direcção Regional de Évora do STAL, após reunião realizada com os Srs. Presidente da Câmara e o Vereador do Pelouro dos Recursos Humanos no passado dia 9 de Novembro de 2009, informa todos os seus associados no Município de Arraiolos do seguinte:

OPÇÃO GESTIONÁRIA
Foram analisadas conjuntamente todas as situações de trabalhadores sobre as quais ainda subsistiam dúvidas jurídicas, relativamente à sua inclusão nos critérios definidos no Despacho de Opção Gestionária já anteriormente publicitado pelo Presidente do Município.
Após análise ponderada de cada uma das situações, tornou-se possível encontrar o melhor enquadramento jurídico para as mesmas, ficando assim garantida a valorização salarial ainda no ano de 2009, para 76 trabalhadores do Município e afecta uma verba de 50.000 € do orçamento municipal para proceder à mudança de posição na tabela remuneratória para estes trabalhadores.
Assim, teve justo acolhimento do Município e foi concretizada uma importante medida reivindicada pelo STAL e pelos trabalhadores do Município, após o actual Governo ter legislado no sentido de impedir a progressão na Carreira a todos os trabalhadores do sector da administração local.
QUEM FICA ABRANGIDO
São abrangidos pela mudança de posição remuneratória todos os trabalhadores há mais anos prejudicados pelo congelamento de escalões e aqueles que, já não tendo perspectivas de subida nas anteriores carreiras, se encontravam há mais anos “estacionados” na mesma posição indiciária na antiga tabela.
Assim, o exercício da opção gestionária, prevista no Artº 46º da Lei nº 12-A/2008, abrange na mudança de posição remuneratória todos os trabalhadores que tenham acumulado, desde a sua última progressão ou mudança de índice remuneratório:
5 anos consecutivos, com a avaliação mínima de Bom;
Os trabalhadores que ainda não completaram esta condição, serão contemplados com a subida nos próximos anos, assim que completarem os 5 anos de Bom ou 3 anos consecutivos de Muito Bom (com a aplicação do SIADAP). Para tal, será necessário que até 15 de Janeiro desse ano, seja aprovado Despacho nesse sentido pelo órgão executivo municipal.
Aumento nunca inferior a 28 €
Na Opção Gestionária, a mudança de posição remuneratória far-se-á para o posicionamento remuneratório imediatamente seguinte (dentro da respectiva carreira profissional) àquela em que o trabalhador ficou posicionado em 1 de Janeiro de 2009. Desta mudança, não poderá resultar um aumento inferior a 28,00 €, que a verificar-se, obrigará à mudança para a outra posição remuneratória seguinte.
Efeitos Retroactivos
Recordamos aos trabalhadores que, de acordo com o nº 7 do Artº 47º da Lei nº12-A/2008, este aumento terá efeitos retroactivos a partir de 1 de Janeiro do ano em que tem lugar.
Posições remuneratórias complementares
Mantêm o direito de progredir até ao último nível da sua carreira profissional, incluindo todas as posições remuneratórias complementares, os trabalhadores que integravam o Quadro de Pessoal ou que possuíam contrato por tempo indeterminado até à data da entrada em vigor do RCTFP (01/01/2009).
TRABALHO EXTRAORDINÁRIO
Os trabalhadores que prestem trabalho extraordinário nos dias úteis, descanso semanal ou dias feriados, têm direito à compensação de um dia de descanso suplementar , correspondente a 25 % do trabalho prestado, que deverá ser gozado nos 90 dias seguintes, salvo acordo com a entidade. Por exemplo, a um trabalhador com jornada de trabalho fixa de 7 horas diárias, quando perfaça um total de 28 horas extraordinárias, adquire o direito a gozar 1 dia de descanso.
SIADAP
Em termos gerais, verifica-se que a aplicação do sistema de avaliação de desempenho, conhecido por SIADAP, confirma os piores receios desde sempre manifestados pelo STAL, pois é um sistema pouco transparente e autoritário; discricionário (apenas conta a opinião de quem avalia); incongruente, porque determina que, pelo menos 75 % do universo de trabalhadores apenas conseguem ser “Bons”; anti-social, na medida em que promove a desconfiança, quebra os laços de companheirismo e estimula o “lambe-botismo”, prejudicial ao exercício do serviço público e à qualidade do serviço prestado às populações e repressivo, porque pretende congelar as carreiras e impedir os trabalhadores de terem acesso a uma justa progressão na mesma e à tão necessária valorização salarial.

A Direcção Regional do STAL continuará a desenvolver todos os esforços, tendo em conta a afirmação plena dos direitos e da dignidade profissional de todos os trabalhadores nos seus locais de trabalho; a justa valorização das carreiras profissionais; a reivindicação permanente por melhores condições de vida e de trabalho para os trabalhadores que representa.

SINDICALIZA-TE !

Évora, 18 de Novembro de 2009
Face à recusa de diálogo do Sr. Presidente, mais de 20 dirigentes e delegados sindicais do STAL deslocaram-se à última reunião pública da Câmara Municipal para apresentar ao executivo um conjunto de preocupações e reivindicações da mais elevada importância para a vida profissional dos trabalhadores da autarquia. 
Os principais temas colocados ao executivo decorrem do abaixo-assinado efectuado em Setembro último – opção gestionária e diálogo social – e outros relacionados com a entrada em vigor de alterações profundas à legislação laboral, altamente penalizadoras para todos os trabalhadores.
Face a isto, cumpre-nos informar os trabalhadores do seguinte:

1 – Relativamente à opção gestionária, foi-nos dito que a mesma está em fase de estudo, procedendo-se neste momento ao levantamento dos trabalhadores a ser abrangidos por esta opção.
Na realidade, o Sr. Presidente está em incumprimento legal, porque não publicitou qualquer Despacho sobre a mudança remuneratória dos trabalhadores até 15 de Janeiro.
Entretanto, já estamos em Dezembro e “ainda está a analisar” esta importante questão, ao contrário das outras autarquias que já procederam à subida de posição remuneratória de muitas centenas de trabalhadores. De lembrar que desde o final de 2008, que a Direcção Nacional e Regional do STAL, através de várias Circulares e Ofícios, alertaram para a importância de pôr em prática os aspectos menos gravosos da Lei nº 12-A/2008, como é o caso da opção gestionária;

2 – No que diz respeito ao diálogo social, as razões que levaram a Câmara a cortar o diálogo com a DR do STAL prendem-se com alguns elementos da DR que, segundo o Sr. Presidente, não devem estar presentes nas reuniões por não “merecerem a sua confiança”, gostaria pois de dialogar apenas com Dirigentes e Delegados sindicais da sua estrita confiança. 
Os Sindicatos porém, não existem para merecer a confiança dos “patrões” mas sim, para representarem os trabalhadores, tal como a actual Direcção Regional que, em Dezembro de 2007, mereceu a confiança esmagadora dos trabalhadores do distrito. 
Ainda segundo o Sr. Presidente, teríamos que informar antecipadamente quais os elementos do Sindicato a estarem presentes nas reuniões para que ele decidisse da sua realização. Além de absurdo, parece-nos uma clara forma de condicionamento e interferência no funcionamento e decisões dos órgãos do nosso Sindicato, assim como também o STAL não se propõe decidir quem da Câmara estará presente em futuras reuniões;

3 – Exigimos igualmente ao executivo o cumprimento da Lei noutros aspectos, como sejam a entrega ao Sindicato do Balanço Social da autarquia, até Abril, o que ainda não aconteceu, apesar dos nossos pedidos nesse sentido.
Também a discussão do Mapa de Pessoal com a estrutura sindical assume a maior importância para a vida dos trabalhadores, pelo que, tal como decorre da Lei, exigimos a consulta prévia à estrutura representativa dos trabalhadores e a sua publicitação pública.

O STAL, quer através da DR de Évora, quer através da sua Comissão Sindical Local, continuará a defender intransigentemente os interesses dos trabalhadores em geral e dos seus associados em particular, numa perspectiva de reivindicação e concertação. Não estão, no entanto, postas de parte, outras formas de luta no sentido de garantir aquilo que, justamente, os trabalhadores aspiram.

SINDICALIZA-TE!

Borba, 11 de Dezembro de 2009

E em Estremoz como vai ser?

Até agora apenas se sabe que, geográficamente, fica no meio...
 
RESISTIR POR UM MUNDO MELHOR