Hoje estive em Arraiolos para ver o espectáculo do Pedro Barroso.
Confesso que valeu a pena.
O último espectáculo dele a que assisti foi há uns anos na Festa do Vinho e da Vinha, em Borba.
Outros tempos. E outro ambiente.
É diferente estar numa praça cheia de gente ou numa tenda com uma assistência bem menor.
Este era o texto que tinha escrito antes de abalar e que guardei para publicar com data de sábado às 23:59.
Bom, agora que voltei tenho de escrever mais qualquer coisa.
Pedro Barroso comemora 40 anos de carreira. E que 40 anos. Foi interessante sentir a homenagem que o Pedro faz a muitos dos que com ele trilharam um caminho extraordinário nas canções e nas palavras.
Lembrar José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Carlos Paredes, José Carlos Ary dos Santos, Natália Correia, José Viana, Manuel Freire, Francisco Fanhais, Manuel Alegre (doutros tempos), António Gedeão, Tonicha, Simone de Oliveira, António Macedo (cujo desaparecimento físico foi omitido pela generalidade da comunicação social), entre outros, levou àquela dose de emoção que contagiou a praça e que nos faz uma falta imensa.
E ouvir a sua voz extraordinária, as canções de ontem e de hoje, as palavras sentidas, valem sempre pela diferença.
Contagiou a praça e a praça contagiou-o. É que há sentimentos e emoções que perduram. E perduram naqueles que acreditam ... que sempre que o homem sonha, o mundo pula e avança ....
E isso torna-(n)os irremediavelmente diferentes.
A finalizar também gostaria de lembrar António Macedo:
Canta, canta, amigo canta,
Vem cantar a nossa canção.
Tu sózinho não és nada.
Juntos, temos o mundo na mão.