sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Com toda a confiança!

Eram centenas e chegavam de todos os lados.

Sozinhos ou em grupo.

De autocarro, de carro ou a pé.

Foram chegando e enchendo o largo fronteiro ao pavilhão.

Que de novo se esvaziava, para de novo se encher.

Sorrisos, risos, abraços e beijos que o dia é de festa!

Antes da entrada no Pavilhão aproveita-se os raios de sol, que até esse resolveu aparecer, e troca-se duas de conversa.

«Viste ontem o Alegre cheio de preocupações sociais?»

«É preciso lata, para quem tem as responsabilidades que ele tem, e para quem apoia e é apoiado pelo Partido deste Governo desgraçado!»

«E o Cavaco, que não quer que digam mal dos mercados?»

«Quem serve o capital financeiro, não quer que o patrão fique ofendido!»

As bandeiras já são muitas.

E eles, e elas, chegam cada vez mais.

Novos e velhos.

Namorados de mãos dadas.

Crianças de colo, muitas também.

Ali, tudo é determinação.

Tudo é esperança!

Tudo é vontade!

Ali vieram os que querem um país melhor!

Os que acreditam que isso é possível e inadiável.

Ali sentiu-se a exigência da ruptura e da mudança da política de direita das últimas décadas.

Ali estão os que lutam, os que estiveram na primeira linha da greve geral e que estarão no mesmo sítio nas batalhas que hão-de vir!

Para onde quer que olhasse, naquele Pavilhão cheio, na maior iniciativa da campanha eleitoral, até hoje realizada, via-se e sentia-se a alegria dos que querem construir um Portugal novo.

Pouco a pouco.

Pedrinha sobre pedrinha.

Quando chegaram o Secretário-geral do Partido e o camarada Francisco Lopes, candidato à Presidência da República, soou vibrante, com a pronúncia do Norte, a palavra de ordem «Francisco Avança, Com toda a Confiança».

Confiança.

É essa a expressão.

Confiança nos trabalhadores e no povo.

Confiança nas capacidades do País.

Confiança em que cada um dos milhares que estiveram no Palácio de Cristal representa todos os que, de Norte a Sul, fazem crescer este forte movimento de apoio à candidatura de Francisco Lopes à Presidência da República, e que até dia 23 não baixarão os braços na defesa dos valores de Abril, do projecto patriótico e de esquerda, que ela representa.

 
RESISTIR POR UM MUNDO MELHOR