quarta-feira, 27 de maio de 2009

O voto é cada vez mais uma forma de luta

O período que decorreu desde os últimos actos eleitorais, foi marcado pelo aumento da ofensiva política, económica e social de direita contra os trabalhadores e as populações, sustentada nas opções políticas do Governo PS, apoiada pelos deputados que suportam a maioria e pelos seus eleitos no Parlamento Europeu e nas autarquias locais.

Politicas caracterizadas pelo aumento do desemprego e da precariedade, pela degradação do poder de compra e dos salários, o ataque à segurança social, ao Serviço Nacional de Saúde, à escola pública e a fragilização do papel social do Estado.

A esta grande ofensiva, os trabalhadores e as populações reponderam com uma profunda frente de luta, das maiores que o país assistiu.

Desta ampla mobilização, destacam-se:

- a Greve Geral de Maio de 2007

- as grandiosas manifestações nacionais de 12 de Outubro de 2006 (mais de 100 mil trabalhadores), de 2 de Março de 2007 (mais de 150 mil), de 18 de Outubro de 2007, durante a Cimeira da União Europeia (200 mil), de 5 de Junho de 2008 (mais de 200 mil), e do dia 13 de Março de 2009 (mais de 200 mil)

- as manifestações nacionais de jovens trabalhadores no dia 28 de Março, Dia nacional da Juventude, desde 2006, com a participaçãode milhares de jovens

- e as comemorações do 1º de Maio.

Destacam-se ainda as jornadas nacionais dos trabalhadores da administração pública e as acções específicas de vários sectores profissionais, como os professores, nas manifestações de 8 Março e 8 de Novembro de 2008 e na Greve de 19 de Janeiro de 2009, ou os agricultores, como se verificou na acção nacional do último dia 26 de Março, assim como muitas lutas decisivas nas empresas e locais de trabalho.

Salientam-se ainda a luta de milhares de estudantes do Ensino Secundário e Superior, por uma Escola Pública e democrática, e a luta de vários sectores da população.

É com a intensificação da luta que se criarão as condições para uma ruptura com a política de direita.

As muitas jornadas de luta travadas ao longo dos últimos anos terão seguramente continuidade nos próximos actos eleitorais, condenando a acção do governo, exigindo uma nova política ao serviço do Povo e do país.
 
RESISTIR POR UM MUNDO MELHOR