sábado, 30 de maio de 2009

Tirar «os pés da água»... só para lhes dar um pontapé!

Belmiro de Azevedo brindou-nos com uma síntese de grande importância.

Disse o Sr. Eng. que «os empresários têm a obrigação de dizer com clareza o que pensam, os políticos têm de arredondar as afirmações».

E começou a disparar o que pensa:

- ter um emprego, seja ele qual for e em que condições for, é razão suficiente para os trabalhadores estarem agradecidos;

- o horário deveria ser anual, e usado a bel-prazer do patrão;

- trabalho extraordinário sempre que o patrão quiser, mas pago a singelo;

- as eleições são uma chatice, perturbam a vida das pessoas, e nelas promete-se muito que depois não pode ser cumprido.

E para mais não teve tempo, sendo que não é difícil adivinhar o muito mais que lhe entretem as meninges, e que o levaram a afirmar que «Não há emprego para quem quer passar os fins-de-semana com os pés na água.»

Os «políticos» do Sr. Eng. (que ele despreza, como despreza todos os seus empregados, por fielmente que o sirvam), já começaram a «arredondar as afirmações».

É ouvi-los, e nenhum repete as frases do Sr. Eng..

Alguns até pelo contrário: quem os ouvir não os leva presos.

Mas representada a farsa eleitoral, irão enterrar as promessas e cumprir obedientes a cartilha do Sr. Eng., como sempre fizeram.

Mas então, porque anda chateado o Sr. Eng.?

Porque queria viver no fascismo e não vive, vive no Portugal de Abril, com tudo o que conseguimos defender da nossa revolução e o tanto mais que ela aponta para ser (re)conquistado.

Porque queria um rebanho de carneiros para explorar e saiu-lhe na rifa um povo que luta e resiste.

Porque tem ódio a um só Partido, o PCP, e esse Partido não desaparece nem se verga, antes cresce, reforça-se, ganha confiança.

E, parafraseando o Sr. Eng., no dia 7 de Junho, vale a pena não pôr os pés na água.

Para defender o direito ao trabalho e ao trabalho com direitos.

Para dar um valente pontapé nos belmiros e nos seus «políticos», para dar força ao PCP, à força política que está na vanguarda da luta e da resistência à intensificação da exploração.

Para votar CDU, o voto que faz falta a quem trabalha.

 
RESISTIR POR UM MUNDO MELHOR