O Sourceforge, maior biblioteca de desenvolvimento de projetos de “software livre” – programas de computador que não exigem licensa e são de uso irrestrito – chocou os meios de informática do mundo inteiro ao bloquear o acesso de internautas de acordo com as listas negras expedidas pelo governo americano.
São milhares de pessoas e empresas, de várias partes do mundo e simplesmente todos os internautas residentes em Cuba, na Síria, Irã, Coréia do Norte e no Sudão.
O detalhe é que o Souceforge nem sequer é proprietário dos softwares desenvolvidos ou em desenvolvimento ali, cujos teóricos direitos autorais pertencem a pessoas que, simplesmente usam o site como hospedeiro ou lugar de aprimoramento e troca de informações sobre o desenvolvimento do software que criam.
Programas importantíssimos, porque são de livre uso e gratuitos.
Quem já precisou comprar um programa de computador legalizado sabe que os preços são extorsivos.
Ou seja, a pretexto de cumprir o embargo americano a estes países, pessoes e entidades, o site trata a propriedade de terceiros como se fosse sua – e produto americano – e impede o acesso a ela.
No comunicado que postaram no site parecem envergonhados e reconhecem os prejuízos que isso pode causar às pessoas, mas dizem que não podem agir de outro modo, pelo risco de serem fechados ou, até, terem seus responsáveis presos.
Depois do comunicado, o site registra centenas de protestos de seus próprios usuários cadastrados, vindos de todas as partes do mundo, inclusive o de um brasileiro:
“Para nós, na América Latina, o Souceforge.net sempre foi um serviço essencial por sua estabilidade e fácil acesso.
A maioria das redes latinoamericanas atravessam primeiro os Estados Unidos, assim as ligações são sempre mais fáceis com vocês.
Mas essa mudança de políticas é tanto um movimento muito prejudicial quanto nos fazem perceber que não podemos confiar mais em vocês mais, porque não compartilham os princípios do código aberto e software livre.
É muito triste ver técnicos muito competentes sendo colocados de joelhos por interesses políticos dos quais nem eles participam.”
Onde está a moral dos Estados Unidos para falarem em censura à internet no Irã ou na China, depois disso?
Fonte: http://www.tijolaco.com
Retirado do Vermelho.