Enquanto, por lá, os dominantes se desdobram em iniciativas diversificadas visando perpetuar o seu domínio - e a luta continua, com os dominados a promoverem, hoje, uma «mega-manifestação para exigir a saída de Mubarak»,
por cá, os dominantes prosseguem a política de desastre com a qual, ao longo de 34 anos, afundaram o País - e a luta continua, com os dominados a promoverem, neste mês de Fevereiro, na sequência das acções que levaram a cabo há uma semana em todas as capitais de distrito, lutas na Administração Pública, nos CTT, na Transtejo, nos TST, na Carris...
Trata-se, lá e cá, no essencial, da mesma luta: a luta pelos direitos a que todos os seres humanos, pelo simples facto de existirem, têm direito - mas que lhes são recusados pelos dominantes.
É uma luta difícil, esta, que a classe dos dominados trava contra a classe dos dominantes - muito difícil, a exigir muito esforço, muita coragem, muita determinação, muita confiança, muita perseverança.
E muita unidade: a unidade dos dominados é uma das suas fontes de força essenciais - é mais de meio caminho andado para a vitória... que chegará, com a luta.
Porque, com a luta, «as coisas não continuarão a ser como são».
Porque, com a luta, «depois de falarem os dominantes, falarão os dominados».