Comentário de Eurointelligence , um sítio web bem informado:
"Esta é provavelmente uma das melhores peças de comentário analítico que já lemos sobre a situação da eurozona.
Michael Petis examina brevemente a teoria económica da crise e destaca um certo número de pontos importantes.
Afirma ele que o incumprimento (default) grego é inevitável e que Espanha, Portugal, Irlanda, Itália, Bélgica e grandes partes da Europa do Leste também experimentarão agonia financeira e em alguns casos incumprimento.
É difícil imaginar um cenário de retorno ao crescimento sem esquecimento da dívida.
Ele prevê ainda que o radicalismo político aumentará em todos estes países.
Poderemos nós aguentar com coragem e esperar até acabar?
O problema é que o sistema bancário europeu não sobreviveria mesmo no melhor caso de um cenário de reestruturação, o que mantém a Europa totalmente imóvel no enfrentamento desta crise.
Enquanto isso, o mercado europeu de títulos lixo decolará – os bancos estão debilitados.
À medida que este processo continua, países periféricos da eurozona optarão entre abandonar a soberania em favor da Alemanha, enfrentar níveis extremamente altos de desemprego, ou abandonar o euro.
A última opção agora é considerada imaginável e tornar-se-á a única alternativa num espaço de tempo de poucos anos.
Ele recorda um processo de transformação mental semelhante na Argentina antes do seu incumprimento em 2001.
Eis a sua conclusão, com a qual nós, tristemente, concordamos:
'Uma vez finalmente assentado o pó a Europa será ou um país unificado com soberania fiscal firmemente estabelecida em Berlim ou Bruxelas, ou estará fragmentada com pouco possibilidade de reunir-se'. "
Ver também: O espectro do incumprimento na Europa
Publicado no Resistir.info