Há prémios que vêm por bem...
É o caso deste «Prémio Internacional de Direitos Humanos Herberto Anaya», atribuído à Frente Nacional de Resistência Popular das Honduras (FNRPH)
Após a vaga fétida de nóbeis e sakharovs a premiar lacaios do imperialismo norte-americano e da sua ambição de domínio do mundo, a atribuição de um prémio a gente de bem constitui , além do mais, um verdadeiro acto de higiene...
Recorde-se que a FNRPH nasceu em 28 de Junho de 2009 - dia em que o golpe fascista, organizado pelos EUA e concretizado por fascistas locais derrubou o governo do Presidente legítimo, Manuel Zelaya, e impôs o governo do fascista Micheletti.
Recorde-se que, de então para cá, a FNRPH tem sido a grande organizadora da heróica resistência do povo hondurenho ao fascismo, que o mesmo é dizer da luta pela defesa da liberdade, de facto; pela defesa da democracia, de facto; pela defesa dos direitos humanos, de facto.
Uma luta que continua todos os dias e que todos os dias é reprimida pelos agentes locais do imperialismo norte-americano, para os quais, em matéria repressiva, o vale-tudo é lei.
«As violações dos direitos humanos, as perseguições e os assassinatos continuam na ordem do dia»:
Os «esquadrões da morte executam opositores e os seus familiares mais próximos de maneira selectiva.
Os professores estão entre os mais castigados: só este ano foram assassinados dez docentes».
«Nos últimos seis meses, 16 camponeses foram assassinados por lutarem pelo direito à terra».
O Prémio agora justamente atribuído à FNRPH constitui um incentivo à luta do povo hondurenho e um estímulo à solidariedade internacional com essa luta.
É, por isso, um prémio que veio por bem - e para gente de bem.
Fernando Samuel no Cravo de Abril