sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

A propósito da chuva e da falta de água...

Operação envolveu 63 milhões de euros
Águas de Portugal concretiza venda da Aquapor à DST/ABB
02.01.2009 - 16h33 Eduardo Melo

Consumo supera água disponível

Esta duas pequenas notícias, aparentemente desligadas, publicadas no Público Online, levantam questões pertinentes.

Para se perceber melhor do que estou a falar vale a pena reler o artigo publicado no Boletim Informativo da CDU, datado de Junho de 2006, ou seja de há 2 anos e meio atrás, que começa aqui e acaba aqui.

Como a opção passou a ser pelas multimunicipais, trata-se claramente de uma opção de desinvestimento no abastecimento público de água, possívelmente à espera que a futura concessionária o fizesse. E esperou-se sentado. Entretanto, a Barragem de Frei Joaquim, fundamental ao abastecimento público, foi, também ela, metida na gaveta.

Recordo os investimentos feitos nos finais da década de 70, princípios da de 80, quando a maioria da população não tinha água canalizada. Esses investimentos garantiram, não só o abastecimento de água por mais de uma década, como o direito à água para a grande maioria da população. Até que a água começou a não chegar e, portanto, a faltar.

Recordo igualmente os investimentos feitos em 1995 que garantiram outra década e o alargamento da rede a novos locais aonde ainda não tinha chegado.

Entretanto há uma verdade absoluta e que é inédita no concelho de Estremoz: Até a chover a água falta regularmente nas torneiras. Quando vier o calor vai ser "bonito". A não ser que se dê corda aos sapatos, o que não vai ser fácil pelo andar da carruagem.

Mas sobre a história da privatização da água aconselho uma consulta à Água é de todos e à Associação Água Pública.
 
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