quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Referendos, "ditadores" e "democratas", abstenções...

Extracto da notícia publicada pelo CNE venezuelano:

"La Presidenta del Poder Electoral, Tibisay Lucena, presentó el tercer boletín oficial con los resultados del Referendo Aprobatorio de la Enmienda Constitucional, con 99,75% de las actas transmitidas.

En este nuevo reporte, la opción del Sí alcanzó 6.319.636 votos (54,86%) y la del No 5.198.006 votos (45,13%), de un total de 11.724.224 sufragios escrutados.

El índice de abstención se sitúa en 30,08% (o destaque é meu)."

E agora um "printscreen" com a publicação do mapa oficial com os resultados do Referendo Nacional de 11 de Fevereiro de 2007, publicado pela CNE portuguesa.O índice de abstenção situa-se em 56,43% (diria eu conforme mapa oficial).

Cada vez percebo menos disto.

, um país governado por "ditadores", referenda questões fundamentais como a alteração de cinco artigos da Constituição "com o simples objectivo de permitir que os candidatos aos cargos de eleição popular (deputados, presidentes de Câmara, governadores e presidente da República) possam candidatar-se sem qualquer outra restrição para o exercício dos cargos que a vontade popular expressa em eleições periódicas" onde votam 69,92% dos eleitores e abstêm-se 30,08%.

, um país governado por "democratas", referenda questões que poderiam legitimamente ser tratadas na Assembleia da República (regionalização e interrupção voluntária da gravidez), onde apenas votam 43,57% dos eleitores e abstêm-se 56,43%.
Sim porque nas questões constitucionais não temos direito a referendo.
Como é o caso do Tratado Reformador que "substituiu" a "Constituição Europeia".
Isso aí é para ser tratado nas costas dos povos porque interesses mais altos se levantam.

É por essas e por outras que cada vez mais penso que nos querem impingir "papéis" que estão invertidos.

E que (quase) sempre que nos falam de "ditadores" (que são sempre os outros) querem ocultar a sua apetência e mesmo a sua prática (que, cada vez mais, nada tem de democratas).

 
RESISTIR POR UM MUNDO MELHOR