Uma revista fascista de Espanha publicou, há uma semana, um artigo assinado por Jesús Gómez Ruiz, dirigente do PP espanhol e fascista.
Pronunciando-se sobre o que são (e não são) direitos humanos fundamentais, o homem decretou que:
1 - «os verdadeiros direitos fundamentais são dois: o direito à propriedade e o direito à liberdade»; e que:
2 - «a educação universal e gratuita não é um verdadeiro direito fundamental».
(registe-se, a propósito, a semelhança entre esta opinião e a de António Barreto, comentada aqui no Cravo de Abril há umas duas semanas...)
Em matéria de «educação gratuita», no entanto, o fascista do PP abre uma excepção: os filhos de pais comunistas!
Nem mais!: os filhos de pais comunistas, esses sim, devem ter direito a uma «educação gratuita», clama o fascistão.
Porquê?
Ele explica: «os comunistas pertencem à seita mais criminosa que a história jamais viu» e «inculcam nos filhos uma representação teórica da realidade absolutamente falsa que lhes provocará no futuro sérios problemas de adaptação social e um agudo sentimento de infelicidade».
Portanto, e por isso, espuma o animal, «é necessário, quanto antes, retirar aos pais comunistas a tutela dos seus filho e, de imediato, enviá-los para campos de reeducação» - «e aos pais também» acrescentou, certamente a pensar numa «solução final» adequada aos tempos actuais, com fornos crematórios topo de gama e... naturalmente, em defesa dos «dois verdadeiros direitos fundamentais»: a propriedade e a liberdade...
Fixem o nome da besta: Jesús Gómez Ruiz - mais ano menos ano, vamos vê-lo distinguido com o Prémio Nobel da Paz.