segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O ELOGIO DA POBREZA

«Não olhemos só para aquilo de que nos privaram ou nos obrigaram a pagar mais; mas partilhemos generosamente o que temos com os que menos têm»: palavras do Cardeal Patriarca de Lisboa, José Policarpo, na sua tradicional mensagem de Natal.

Santas palavras, estas, que nos ensinam tudo o que devemos saber, a saber: a resignação
face à «inevitabilidade» das «medidas de austeridade», e a prática da caridade - com os que têm, a dar, generosamente, aos que não têm - como solução para a «crise»...

É claro que o Cardeal sabe que «para muitas famílias, este não será um Natal fácil»...
 
Todavia, será isso razão para que seja um Natal triste?; será isso impedimento para que este seja um Natal com alegria?

Não, irmãos, não é - da mesma forma que «há dois mil anos, a alegria daquele nascimento não foi impedida pela pobreza da gruta»...

Por isso, em verdade vos digo, irmãos: «esta crise pode suscitar, em cada um de nós, este espírito de solidariedade» - a «solidariedade» da esmola, da caridade, do amor aos pobrezinhos, aos quais devemos dar tudo o que sobra do nosso prato...

Por isso, haja alegria, irmãos!: «A pobreza não impede, necessariamente, a alegria».

Por isso, façamos todos, irmãos, o elogio da pobreza, louvemo-la como Obra de Deus que é.

Feliz Natal, irmãos!...
 
RESISTIR POR UM MUNDO MELHOR