segunda-feira, 28 de março de 2011

«INTERVENÇÃO HUMANITÁRIA»...

Furando a cerrada malha da rede de desinformação organizada veiculada pelos média dominantes, começam a chegar as primeiras notícias sobre o que, de facto, está a acontecer na Líbia.

Por detrás de expressões como «intervenção humanitária para proteger civis», «bombardeamentos cirúrgicos», «danos colaterais mínimos ou inexistentes», «bombas inteligentes» - e outros exemplos da suprema e criminosa hipocrisia dos Obama, Cameron, Sarkozy & CIA - esconde-se um brutal acto de guerra em que o vale-tudo é lei.

Na verdade, as «bombas inteligentes» sabem ao que vão: elas destroem depósitos de combustíveis e de produtos tóxicos, pontes, portos, edifícios públicos, quartéis, fábricas, centrais eléctricas, sedes de televisões e de jornais.

Ou seja: destroem sistematicamente a infra-estrutura produtiva da Líbia e a sua rede de comunicações.

E matam.

Inteligentemente...

Os «bombardeamentos cirúrgicos exclusivamente sobre instalações militares», destruíram bairros residenciais e um hospital, em Tripoli - e duas clínicas de Ain Zora (localidade onde não existia uma única instalação militar, um único blindado, uma única arma) foram completamente arrasadas.

O «bombardeamento humanitário» sobre Ajdabya traduziu-se em centenas da casas de habitação destruídas, numa matança cruel de pessoas inocentes.

Entretanto, os média dominantes - jornais, rádios, televisões - escrevem mais uma página negra da sua negra história: escondendo o que se passa e divulgando o que não se passa, mentindo, desinformando, assumem-se como porta-vozes dos criminosos e das patranhas com que estes pretendem transformar as barbaridades que cometem em meritórias acções humanitárias.

São cúmplices do crime.

A monstruosa agressão à Líbia - que, não esqueçamos, possui as maiores reservas de petróleo e de gás da África... - constitui mais um passo da escalada do imperialismo norte-americano no seu objectivo de domínio do planeta.

Provavelmente, seguir-se-á a Síria. E... e...

... e só a luta dos povos conseguirá travar esta caminhada infernal.

E pôr fim à barbárie.

 
RESISTIR POR UM MUNDO MELHOR