terça-feira, 20 de abril de 2010

UMA EUROPA ASQUEROSA

A óptica de classe dos governantes da União Europeia ficou bem caracterizada pelas últimas medidas adoptadas.

Primeiro emprestaram a mão-cheias – à taxa de 1% – aos banqueiros que provocaram a crise.

A seguir emprestam – à taxa de 5% – às vítimas gregas dessa mesma crise.

Por outro lado, esta Europa pretende controlar os orçamentos dos Estados membros antes mesmo de estes serem aprovados pelos respectivos parlamentos.

E ao mesmo tempo, recusa-se a aplicar um imposto aos bancos que provocaram a crise e que receberam centenas de milhares de milhões de euros de ajudas públicas para sanar os seus balanços apodrecidos — eles continuarão a obter lucros milionários.

Estes desenvolvimentos mostram o que pode acontecer a Portugal se se submeter passivamente ao diktat da UE.

A puxadela da orelha de Cavaco dada pelo presidente checo é só uma advertência suave.

 
RESISTIR POR UM MUNDO MELHOR