sexta-feira, 11 de junho de 2010

A FESTA (DE AMANHÃ) E OS QUE A PAGAM

O Diário de Notícias informa que «Portugal e Espanha comemoram no sábado as bodas de prata do "casamento" com a União Europeia».
 
Vai ser uma festa de arromba, dividida em duas partes: a primeira, de manhã, em Lisboa, presidida por Cavaco Silva e José Sócrates; a segunda, à tarde, em Madrid, presidida pelos Reis Juan Carlos e Sofia.
 
Todos os que, de manhã, fazem a festa em Lisboa, à tarde deitam os foguetes em Madrid, sendo de presumir, tratando-se de quem se trata, que, noite fora, apanhem as canas em privado - quiçá aproveitando a ocasião para tratar de negócios, ao fim e ao cabo a razão de ser das suas vidas e das suas festas.
 
São eles, entre muitos outros e para além dos já citados: Rodriguéz Zapatero, Mário Soares, Filipe Gonzalez, Jacques Delors, Durão Barroso e muitos mais dos que, ao longo dos últimos 25 anos, têm vivido à grande e à espanhola graças ao proveitoso casamento: «ex-comissários e comissários, eurodeputados e e ex-eurodeputados, ex-primeiros-ministros, ex-presidentes da República, ex-presidentes de instituições europeias, embaixadores e responsáveis pelas negociações» - enfim, a cambada toda.
 
Juntando-se todos, e festejando, os responsáveis pela situação dramática em que se encontram Portugal e Espanha, confirmam aquela máxima dos romances policiais que nos diz que «o criminoso volta sempre ao local do crime»...
 
Quem não vai festejar são os trabalhadores dos dois países, aos quais a cambada reservou a função de pagar a festa.

Que bem cara lhes tem saído - e muito mais cara lhes vai sair.
 
RESISTIR POR UM MUNDO MELHOR