Os partidos do capital – PS, PSD e CDS – estão coniventes com o FMI e a ditadura do capital financeiro.
Eles desejam-na.
Por isso estão a amarrar as coisas para que tal ditadura se eternize.
Esta semana chega a Lisboa uma delegação do FMI.
O actual governo de gestão vai, servilmente, atender às suas exigências e assumir compromissos para os próximos anos, compromissos que obrigarão o governo resultante das eleições de 5 de Junho.
Se isto acontecer será uma tragédia para o povo português, como se verifica agora na Grécia e na Irlanda.
Qual a saída?
Transformar as eleições de 5 de Junho num referendo e eleger forças que ponham em causa os compromissos que vierem a ser estabelecidos com o FMI e o Fundo Europeu.
Para isso é preciso que tais forças tenham propostas claras desde já.
A manutenção de Portugal na Zona Euro é inviável.
O país só pode resolver os seus problemas se recuperar a sua soberania monetária.
É preciso ter a coragem de dizer e propor isso.
Seria trágico que as forças políticas portuguesas mais consequentes, por timidez, falta de imaginação ou outra razão qualquer, não ousassem avançar as medidas de que o país precisa.
Propostas claras e sem rodeios têm a capacidade de mobilizar um espectro amplo da opinião pública.
Meias medidas tíbias (como propostas de "renegociações" com credores) nada mobilizam.
Publicado no Resistir.info