sexta-feira, 1 de abril de 2011

PROTEGER CIVIS É O QUE ESTÁ A DAR...

Na Líbia, os EUA, a Grã-Bretanha, a França, etc, prosseguem a sua «humanitária» tarefa de «proteger civis»...

Fazem-no como sabem: com aquele saber que adquiriram graças a uma vasta e longa experiência: bombardeando, destruindo, matando: matando civis...

E, como não podia deixar de ser, são entusiasticamente aplaudidos pelos média dominantes, que não se cansam de louvar a «humanitária» tarefa.

Todavia, a ânsia libertadora do imperialismo norte-americano não se esgota naquela região do mundo: os mil olhos do Império, inexoráveis, fixam todos os cantos e recantos do Planeta onde a «democracia, a liberdade e os direitos humanos» não são respeitados - e onde, portanto, se impõe a «protecção dos civis»...

Exemplos disso, temo-los todos os dias e aqui fica um.

«Derrubar Governos é Constitucional»: eis a curiosa designação adoptada por uma organização norte-americana que, patrocinada pelo Governo de Obama, tem como objectivo principal «deter a expansão dos fundamentos castro-comunistas que se instalaram em países como Bolívia, Equador, Nicarágua e Venezuela»...

A curiosa organização levou por diante recentemente, nos EUA, uma não menos curiosa iniciativa: um Fórum subordinado ao tema «Antídoto para o Socialismo do Século XXI» - no decorrer do qual vários «especialistas» na matéria opinaram sobre os caminhos para derrubar os governos daqueles quatro países.

Um dos oradores - naturalmente muito aplaudido - foi o hondurenho Micheletti - o tal que, em estreita colaboração com o Governo de Obama, concretizou o golpe que, em Junho de 2009, derrubou o presidente legítimo das Honduras, Manuel Zelaya, e instalou uma ditadura fascista.

Tratou-se, como é sabido, de um golpe cujo objectivo principal foi o de... «proteger civis», e que, de então para cá, não tem feito outra coisa, prendendo, torturando, matando civis - e assim os protegendo das ameaças do «Socialismo do Século XXI»...

Na sua intervenção, Micheletti deu e exemplo das Honduras como exemplo a seguir nos outros países, tanto mais que, garantiu, «derrubámos o governo de Zelaya utilizando a Constituição do país»...

E acrescentou: «Nós fizemos, nas Honduras, o que infelizmente ainda não pôde ser feito na Nicarágua, na Bolívia, no Equador, na Venezuela».

E nas Honduras a «protecção de civis» prossegue: a repressão sobre os professores em luta, provocou, no mês de Março, um morto, 40 feridos e mais de uma centena de detidos...

 
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