segunda-feira, 20 de junho de 2011

Grande imbróglio

Quando campeava a mais infrene euforia sobre a democracia representativa, excluindo-se tudo o que não seja esta (muito particularmente, evidentemente!..., a democracia participativa, a que não se traduz em votos e estatísticas);

quando, nesta democracia representativa/estatística, se excluía como despiciendo tudo o que não sejam votos expressos, e, nestes, tudo o que não sejam votos em candidatos explícitos, reduzindo-os, aliás, a três ou quatro nomes (dos líderes), negando-se o direito à abstenção, a votar em branco, em anular o voto (coisa que não se defende, mas de que não se pode, de modo nenhum, negar o direito)…

eis um grande imbróglio na primeira eleição no órgão máximo dessa democracia.

Desde a escolha~/aceitação de Fernando Reino (perdão, deveria ter escrito Nobre...) por Passos Coelho, não para cabeça de lista dos candidatos do PSD por Lisboa mas como putativo presidente da Assembleia da República, este cenário existia.

Aqui, neste blog, até se chamou a tal decisão política um tiro em quatro pés.

Acompanhando a sessão de instalação da nova AR, o que se sente é curiosidade e considera-se o que está a passar como nada prestigiante para essa tal tão bem-dita democracia representativa/estatística.

Como é que os partidos que se entenderam relativamente à composição ministerial e partilha de ministérios, e mais o partido que, com eles, acorda (ou procura adormecer…) tosca e troikamente, não são capazes de se entenderam quanto a um presidente do órgão, e dão este triste espectáculo?





 
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