Mais um jornalista foi assassinado nas Honduras, vítima da democracia made in USA ali reinante.
Chamava-se Nery Orellana e tinha 26 anos.
Trabalhava numa rádio comunitária - Jaconguera - onde denunciava corajosamente os crimes cometidos às ordens do bando de fascistas que, com o apoio do Governo de Obama, detém o poder nas Honduras.
O jovem jornalista foi assassinado a tiro no dia 13 de Julho, por «desconhecidos» - certamente os mesmos «desconhecidos» que já haviam assassinado 12 jornalistas hondurenhos...
A equipa encarregada pelas «autoridades» de investigar o assassinato, diz tratar-se de «um assalto» - como disse em relação aos outros 12 jornalistas assassinados por «desconhecidos»...
Os média dominantes - seguindo os «critérios informativos» adoptados nos casos dos anteriores 12 jornalistas vítimas de «assalto» cometido por «desconhecidos»... - silenciaram o assassinato do jovem Nery Ollerana: mais uma vez, nem uma palavra!
Relendo o que acima está escrito, assalta-me a sensação de que me estou a repetir, de que este post é igual a vários outros aqui publicados: o mesmo cenário, os mesmos criminosos, os mesmos métodos, os mesmos silenciamentos...
Há no entanto uma diferença essencial entre cada um dos vários posts: os nomes das vítimas.
O que quer dizer que, nas Honduras, o crime continua.
E enquanto isso acontecer, o Cravo de Abril continuará a denunciar os criminosos e a manifestar a sua total solidariedade com as vítimas.