Para português ler:
«(...)
3. Espera-se que o crescimento recupere gradualmente nos próximos três anos. O PIB deverá contrair 2% em 2011 e 2012 por conta da necessária consolidação orçamental, da recuperação da confiança internacional e dos ajustamentos do sistema bancário. Existem também preocupações do mercado com os países da periferia da área euro no curto prazo. Com quanto a recuperação da confiança dos mercados e as reformas estruturais tomem caminho é expectável que a recuperação da actividade económica se inicie em 2013 e anos seguintes.»
(nº 3 de um documento de 18 páginas de "acordo" entre as troikas)
Contracção do PIB 2% em 2011 e 2012 (como sublinhado no documento) - "por conta" daquelas causas e daquelas medidas que continuam e agravam aquelas causas, a "riqueza da Nação" vai diminuir nestes dois anos!
Para todos?
Por igual?
Periferia da área euro - ora aqui está: os "periféricos do centro", a negação da coesão económica e social, da convergência real, o que foi tantas vezes dito e redito ser um embuste...
...a não ser tivéssemos força (e tínhamos, e temos) para impedir que o embuste fosse...
...um embuste.
Mercado, mercados, recuperação da actividade económica - esta dependente, sunmissamente, daquele(s).
É inevitável?
Não!
Depende da relação de forças.
Quem são os mercados?
Que entidade é essa que tem (ou não tem) confiança?
As agências de "rating"?
Então... os mercados destroem a actividade económica e, depois, tornam "expectável" a recuperação da actividade económica desde que possam continuar a destruir a actividade económica (nos periféricos!)?