Anteontem e ontem foi o blogger: deixou-nos às escuras, roubou-nos posts (e comentários), com isso suscitando uma avalanche de leituras diversificadas do que (cada um pensava que) estava a acontecer.
Felizmente - faça-se luz! - a luz voltou.
É certo que muitos dos posts (e dos comentários) «temporariamente retirados» não regressaram ainda às respectivas bases - mas os chefes garantem que, mais dia menos dia, hão-de voltar. E se eles garantem...
Estava a blogosfera assim mergulhada na escuridão e eis que outro apagão ocorria: este de tipo e dimensão e significado diferentes, já que tinha como protagonista principal o Sol - que nos dá luz a todos e não apenas aos bloggers - e como assistentes os 200 mil fiéis que, em Fátima, adoravam Nossa Senhora e o beato João Paulo II.
Foi assim: no momento em que «os fiéis assistiam a um vídeo sobre a ligação de João Paulo II ao Santuário», eis que «uma auréola» surge no céu, rodeando o Sol: «Só pode ser um sinal de João Paulo II», dizia uma fiel; e dizia outra: «Nos minutos em que Fátima revive a vida do beato João Paulo II aconteceu isto. Foi algo especial»; e «muita gente chorava, em comoção e lembrava a aparição de Fátima aos pastorinhos, o milagre do Sol»; e diziam muitos fiéis: «Milagre!», «Milagre!».
Milagre?: por enquanto, «ninguém da hierarquia da Igreja Católica portuguesa quis prestar qualquer depoiamento».
Por isso, aguardemos... tanto mais que a «auréola», tal como a «falha técnica» do Blogger, já passou...
Ainda em matéria de apagões, está o País às escuras por efeito da «crise» - nome dado às consequências de 35 anos de política de direita praticada pela troika indígena e às medidas de afundamento agora decretadas pela troika ocupante.
Neste caso, estamos perante um apagão mais complicado, muito mais demorado e de muito mais difícil solução.
Com efeito, se os posts foram «temporariamente retirados» dos respectivos blogues, e se a «aureóla» de Fátima foi à vida dela após os breves momentos que durou a sua «aparição», o mesmo não podemos dizer dos direitos dos trabalhadores - direito ao emprego, a um salário justo, a pensões e reformas dignas, a serviços públicos essenciais, etc, etc. - que há 35 anos têm vindo a ser roubados e que as duas troikas se preparam, agora, apagar completamente.
Quer isto dizer que, se em relação ao apagão do Blogger, esperámos - e a luz voltou;
e se em relação à «auréola» de Fátima, esperámos - e o Sol voltou;
no que toca ao apagão do País, não podemos esperar mais: temos que reconquistar a luz e o Sol que nos estão a roubar.
Lutando: manifestando-nos nas ruas de Lisboa e do Porto na próxima quinta-feira; votando na CDU no dia 5 de Junho.
E ganhando força para dar mais força à luta nos dias 6, 7, 8...