É este o grande projecto do PS de Soares e Sócrates para Portugal: sem salários, sem férias, sem horário de trabalho de trabalho, sem direitos, sem informação, sem cultura, sem autodeterminação, um belo dia, num futuro próximo, receberemos o nosso saquinho de plástico a troco do privilégio de votar no Partido do “S”, no único quadradinho constante do boletim de voto.
Nasceremos já com dívida original, já em falta, já com culpa.
Percorreremos o país de autocarro, atrás da bancada metálica que se monta em frente ao grande líder.
Não saberemos bem o que se passa, pois seremos estrangeiros no nosso próprio país.
Pior: seremos estrangeiros imigrados no nosso próprio país.
O país do “S”.
Olharemos embasbacados a televisão com os seus manipuladores de opinião e de realidade.
Discutiremos e sonharemos horas a fio o tom, a hesitação, o soluço, a lágrima, a gravata, a esposa, a gaffe, a sondagem, a entrada prematura em directo que nos oferecem para nos regalarmos e rirmos, enquanto anunciam que jovens vão começar a morrer porque faltaram rissóis na Quinta da Marinha.